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'Também guardamos pedras aqui': livro de Luiza Romão premiado no Jabuti estreia como peça nesta sexta (26)

Monologo faz uma releitura da tragédia grega 'Ilíada', de Homero, trazendo contexto latinoamericano para a obra

Ouça o áudio:

" Durante um ano e meio, dois anos, eu li tudo de tragédia grega, e nada de, por exemplo, Popol Vuh, que é esse texto fundamental da costura Maia quichés" - Foto: Vic Von Poser

Melhor livro de poesia no Prêmio Jabuti em 2022, Também guardamos pedras aqui, de Luiza Romão, chega aos palcos nesta sexta (26) no teatro do Sesc Vila Mariana, em São Paulo (SP). A obra faz uma releitura da Ilíada, de Homero, sob uma perspectiva feminista.

O trabalho de pesquisa de Luiza Romão incluiu uma viagem à Grécia para se apropriar da história, que parte de uma inquietude dela sobre como a violência é retratada na tragédia grega.

"Já era algo que me incomodava, desde lá de trás. E, quando eu leio a Ilíada, eu fico em choque com a quantidade de cenas violentas. È uma coisa interminável. São intermináveis as cenas de tortura, as cenas de estupro, as cenas de subjugação do outro", comenta Romão em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (26).

"E fico pensando que esse sangue todo, essa necropolítica, para usar um termo do Achille Mbembe, que vai permitir que o Ulisses vá se tornar déspota esclarecido", complementa.

A peça segue até o dia 18 de maio, apenas com apresentações às sextas, às 18h, e sábados, às 20h.


Luiza Romão e o diretor Eugênio Lima, o primeiro leitor do livro / Foto: Vic Von Poser

Confira a entrevista na íntegra

Brasil de Fato: A peça nasce de um livro. E esse livro já sabia que ia ser peça quando vocês escreveu?

Luiza Romão: Ele nasce como livro, mas antes dele ser livro, ele já era a palavra falada. Pra mim a literatura chega como voz. A palavra é grafada no papel, mas antes disso, ela passa nesse processo criativo pelo corpo, por até, às vezes, uma ideia de cena.

Não à toa o livro tem vários tipos de textos. Tem um poema já no original que é uma forma de karaokê, uma forma de canção. Então, de certa forma, eu já criei ele pensando que um dia, quem sabe, ele pudesse se materializar como uma canção meio brega, meio melancólica, declamada num karaoke. 

Mesmo com toda sua experiência, bate um nervosismo de estreia?

Com certeza. Acho que se a gente não sentir um pouco dessa adrenalina, um pouco desse lugar do risco...

Para mim abrir um trabalho no palco, é colocar o corpo pra jogo. A gente nunca sabe direito como que aquilo vai acontecer, por mais que você ensaie.

No nosso caso, a gente está há quatro anos trabalhando nesse material. A gente já produziu um curta-metragem, já fiz várias intervenções, fiz performance de spoken word em português e em espanhol, até na Grécia, em várias partes — mas como peça de teatro, como esse momento de abrir e estar ali, fazer o livro inteiro no palco, a primeira vez. 

Eu até gosto de me sentir assim, essa adrenalina. Porque também tem um não saber. Acho que num momento no mundo que pede tanta produtividade pra gente, que pede tanta certeza, esse lugar também de não saber, de colocar o corpo em jogo, de se colocar em risco ali na cena, eu acho isso bem gostoso. Também tem um certo prazer nisso. 

Em que momento você decidiu que de fato o livro iria virar peça?

Olha, o Eugenio [Lima, diretor da peça] foi a segunda pessoa a ler o livro, o original. Uma versão ainda bem inicial, que era um tipo fanzine. Eu lembro que eu peguei os poemas, recortei, colei, grampeei a mão. Foi um encerramento do curso do Marcelino Freire, que, eu sempre comento, é uma pessoa essencial no processo de criação do livro. 

Eu saí da aula — lembro que era final do Slam BR. Eu estava trabalhando na parte de comunicação, gravando os vídeos, fazendo as transmissões do Slam em 2019. Aí entre uma rodada e outra de Slam.

Eu cheguei no Eugênio e falei: "Então, eu estou escrevendo sobre Tróia. Poderia te entregar aqui o original, ainda tenho umas dúvidas, eu estou pensando em algumas coisas." 'Com certeza', ele respondeu.

Ele pegou o original, deu uma semana, ele falou: "Vamos conversar". A gente foi em uma padaria, ele me tira da bolsa um calhamaço de vários e vários textos, fala: "olha, estou pensando aqui, isso é importante, isso muito bacana, mas ao mesmo tempo, por que que você está fazendo um lance sobre Troia?" 

O Poema para Androma — que é o poema manifesto, o poema que vai falar que estou indo discutir essa narrativa fundante da cultura ocidental, porque ela é o que vai definir as bases do que até hoje, aqui na América Latina, se entende como humanidade, o que a gente entende como política, como democracia, que é a coluna vertebral do livro — foi o Eugênio que me deu a letra.

Ele falou: “Lu, tá massa, mas cadê seu manifesto nesse livro”. Então a partir dessa conversa a gente começa a pensar um pouco nessa dramaturgia. Eu faço a segunda versão, até fui para a Grécia fazer várias pesquisas de campo lá, fui visitar o museu, fazer visitas em sítios arqueológicos, várias ruínas. 

Quando eu volto com a primeira versão, volto em 2020. Com a pandemia, a gente só vai lançar o livro em 2021. E era exatamente o momento que, pelo confinamento social, as medidas de redução de aglomeração e tudo mais, a gente não tinha como fazer uma performance ao vivo. A gente não tinha como lançar o livro no microfone aberto, no slam. Então eu converso com o Eugênio e a gente decide gravar um curta metragem.

A primeira aproximação teatral ou cênica desse material se dá em 2021, quando a gente faz o curta. A gente gravou no teatro Folias, que é um teatro independente, aqui no centro de São Paulo, um espaço muito parceiro, de bastante luta, existe há muito tempo.

Esse curta acaba rolando aí em alguns festivais internacionais, inclusive é exibido na Grécia, que é uma loucura, porque eu fui lá para um festival independente, que é um festival autogestionado, organizado pela galera anarquista de esquerda e eu ficava: "Ai, gente, eu estou vindo falar para os gregos, contra os gregos, estou vindo aqui, tipo, descer a crítica no Homero, esses gregos aqui não vão gostar". 

Pelo contrário, foi super bem recebido. A gente foi premiado com menção honrosa. Até que a gente conseguiu finalmente levantar o espetáculo que conta com a direção do Eugênio Lima, produção executiva de Iramaia Gongora, iluminação do Matheus Brant, figurino da Claudia Schapira e videografia e pesquisa imagética da Vic Von Poser.

Foi uma equipe aí de criadores, criadoras, pensando juntos, pensando juntas, como fazer essas palavras poéticas virarem cena, virarem imagem, virarem som, virarem, enfim, coreografia no espaço. 

Para as pessoas que leram o livro terem uma expectativa do que devem encontrar, é um novo livro ou é uma adaptação da própria Luísa Romão sobre o livro de Luiza Romão?

É o livro de Luiza Romão na voz de Luiza Romão. São quase todos os poemas do livro, acho que tem um ou dois só que não entraram na versão da peça. E eles aparecem de diferentes formas. 

Tem poemas que vão aparecer na linguagem do spoken word, que é essa linguagem com uma base, com uma métrica. A gente tem poemas que são pichados, tem poemas que aparecem como off, poemas que são musicados.

A gente foi trabalhando esses vários desdobramentos da palavra poética. Ela pode ser som, pode ser visualidade, pode ser ação. E sempre fazendo esse movimento de pensar.

Tem um verso da Elione que diz: "Faz mais de três milênios ontem". Ou seja, pensar essas políticas de morte, essas políticas de violência lá atrás na Ilíada, mas pensar o que que isso revela também do agora, do hoje.

Além disso, a gente trabalha com algumas citações teóricas também. A gente tem outras vozes que vão entrando também no espetáculo e a cerejinha do bolo, que eu estou super contente de a gente ter conseguido produzir em parceria com o Sesc Vila Mariana, que é um programa que também é um glossário. 

Então muitas vezes as pessoas quando lêem o livro, falam: “Caramba, quem é Pentesileia? Polixena, oi?!” Até porque são figuras que na história do Homero, na Ilíada, foram apagadas. A gente sabe quem é o Aquines, né? O Brad Pitt. Ninguém sabe a história da Ilione, né?

Então, a gente fez um glossário contando um pouquinho a história de cada personagem, de forma que quem vai assistir recebe esse material e tá lá escutando o poema do Antíloco e pensa: “Pô, quem quer o Antíloco?”. Você vai lá e você consegue saber qual é a história dele, como ele foi retratado pelo Homero e por aí vai.

Da onde partiu essa inquietude que te fez entender que era necessário trazer, traduzir essa obra [Ilíada] para a realidade brasileira?

Como você apontou muito bem, essas narrativas estão muito no nosso imaginário, da nossa formação como país colonizado. Por exemplo, eu fiz teatro, eu fiz cênicas. Durante um ano e meio, dois anos, eu li tudo de tragédia grega, e nada de, por exemplo, Popol Vuh, que é esse texto fundamental da costura Maia quichés. Eu fui ler agora, ano passado. 

Todas as tradições, tradições indígenas da América Latina, as cosmovisões africanas não entram nesses currículos escolares, por mais que agora a gente já tenha lei que, supostamente, garante a obrigatoriedade de ensino dessas outras literaturas. 

Sendo assim, eu meio que fui impelida a ler isso, durante um tempo, seja lá na quinta, sexta série, seja depois, durante a formação em artes cênicas.

E é muito curioso, porque isso é algo que até o [Theodor W.] Adorno vai falar, assim, que Ulisses, a Odisseia, é tida como narrativa fundamental do ocidente. O Ulisses é o grande déspota esclarecido. Ali que a gente tem uma formação da ideia de indivíduo moderno, que depois vai ser muito manejada para se pensar o indivíduo burguês. 

E eu nunca tinha lido a Ilíada. E a Ilíada é anterior, porque a história da Grécia, a história da Odisseia de Ulisses é o retorno dele a casa. E é muito curioso porque o Ulisses fica viajando enquanto a Penélope fica cuidando da cidade-estado, fica cuidando de um filho sozinha por 20 anos.

Então, a gente tem esse incômodo já na Odisseia. Eu lembro que quando eu li, eu falei: "Caramba". 

Em Sangria, que é o meu livro anterior, eu escrevi: "Sozinha, Penélope, desfia, desafia abutres o filho a multidão. Mas os deuses aplaudem, Ulisses”

Então, querendo ou não, essa mitologia grega já era algo que me incomodava, desde lá de trás. E, quando eu leio a Ilíada, eu fico, assim, em choque com a quantidade de cenas violentas, é uma coisa interminável, são intermináveis as cenas de tortura, as cenas de estupro, as cenas de subjugação do outro. 

E fico pensando que esse sangue todo, essa necropolítica, para usar um termo do Achille Mbembe, que vai permitir que o Ulisses vá se tornar déspota esclarecido. Então tem algo aí que eu falava: "Para essa filosofia ocidental surgir teve essa devastação primeiro, teve esse massacre primeiro". 

Se a gente olhar em termos de América Latina, esse massacre é feito na colonização e continua se aperfeiçoando até hoje, seja nas ditaduras militares, seja com ação das polícias e das milícias.

Para mim, foi uma chave pensar: "Para o Ulysses existir, o grandioso Ulysses, a gente precisou ter um massacre sendo narrado no livro anterior". 

Você integra o movimento do Slam, basicamente, desde o início, há mais de 10 anos. Como você vê ele hoje? O que mudou nesse periodo?

Olha, eu recomendo quem tiver interesse de ouvir para além desses três minutos que vou tentar reduzir, eu tenho uma dissertação de mestrado que está disponível online gratuitamente no banco de teses e dissertações da USP, que chama Microfone em Chamas, Vozes do Slam e Representação. Para quem quiser desenrolar mais esse papo, é só acessar lá. 

Eu brinco que eu sou da segunda onda. A primeira onda é o pessoal do Bartolomeu, a Roberta, Eugênio Lima, Estrela D’Alva, Claudia Schapira e Luaa Gabanini a Emerson Alcalde, o Daniel Minchoni. A gente tem essa primeira leva, que era um momento muito localizado do slam em São Paulo, com quatro, cinco comunidades. Inclusive, dava pra gente saber todas de cór, onde, quando que aconteceria cada uma.

A gente tem esse segundo momento do slam que quando eu começo a participar e o slam começa a se espalhar pelo Brasil, vai pra Minas, pra Bahia, pro Rio de Janeiro. 

E de 2016, pra 2017, a gente tem um boom dos slam no Brasil, que aí vai pra vários estados e pra cinco regiões do país. Nesse sentido, acho que é importante a gente fazer essa análise comparativa com o momento político do país, que é exatamente no momento em que a ultradireita começa a ganhar cada vez mais força, levando o genocida à presidência em 2018

Na história do slam, a gente tem um momento — obviamente, não só do slam, mas a cultura no país, pelas políticas todas de desmonte do governo federal e também pela iminência da pandemia de Covid -19 — a gente tem aí um break nos anos 2020, 2021. 

Então muitos eventos continuam acontecendo, só que no formato online, porém muitas comunidades, dado a urgência no momento histórico, acabaram não conseguindo fazer todas as edições.

A gente passou aí para o momento de reorganização da cena, só que agora com a retomada dos eventos presenciais. A gente tem acompanhado algumas coisas bem bacanas, uma delas é que o Slam BR, que ano passado aconteceu em Itabira, em Minas Gerais. Antes disso o Slam BR tinha acontecido no Rio de Janeiro, então começou a se organizar e uma itinerância do campeonato nacional. Além disso a gente tem tido uma renovação também nas organizações.

A gente sempre teve uma renovação muito forte nos poetas e das poetas, dos poetes. A gente queria que a pessoa fosse ficar dois, três anos e aí depois se virava organizadora, ou depois ia pesquisar, ia produzir um disco de Spoke, uma performance. Então, eu acho que a gente está passando por um momento já de um slam mais maduro no Brasil, são 15 anos de história.

Como ficou documentado na exposição Gira da Poesia, 15 anos de slam no Brasil, que estreou ano passado no Museu de Arte do Rio, são 15 anos de história e muitos dos desdobramentos.

Isso mostra para mim que o slam é uma potência para além dos três minutos e da competição. Slam a gente está falando de vínculo, de comunidade, de pesquisa, de poesia, de muitas vidas que se transformam. Isso está para além da batalha.
 


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Edição: Matheus Alves de Almeida