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Artigo | Gestão de Greca em Curitiba e o perigo para a educação

Prefeito da capital paranaense quer aumentar o número de crianças por sala de aula na educação infantil

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Precisamos do apoio de toda a população curitibana para defender a educação infantil
Precisamos do apoio de toda a população curitibana para defender a educação infantil - SISMUC

Alegando dívida da Prefeitura de Curitiba (PR), a gestão de Rafael Greca (PMN) ataca novamente a educação. Agora a intenção é redimensionamento do número de crianças na educação infantil do município. Esta medida fere o Plano Municipal de Educação (PME), que previa um atendimento de qualidade e seguro, vinculado ao quantitativo dessas crianças por profissional em sala. Em nome da redução de custos, a proposta prevê ainda a substituição de professores formados por atuariam auxiliares nível médio, sem nenhuma formação na área da educação.

Isso acarreta danos imensos para a segurança e formação das crianças que estão nos Centros Municipais de Educação (CMEIs), instituições com as maiores turmas e maior número de atendimento da população. Com o projeto, teríamos uma turma com cerca de 30 crianças de 2 anos, (na melhor das hipóteses) 2 professoras e 1 auxiliar para atender toda a rotina do cuidar e educar presentes nessa faixa etária. Para atendermos crianças ao longo de todo o dia, por 11 horas - com profissionais fazendo 8 horas diárias – haverá momentos em que não estarão todas em sala. O cenário fica mais grave quando levamos em conta que uma das profissionais não terá formação técnicas para atender amplamente essa criança.

A proposta foi enviada para o Conselho Municipal de Educação, que tem como papel legislar para o Sistema Educacional do Município – escolas públicas e particulares. Integrantes da gestão pública municipal e das escolas contratadas defendem a proposta, enquanto os pais, representantes dos servidores municipais, Conselho Estadual de Educação e das Universidades são contrários. É um cabo de guerra em que, de um lado, está a gestão da prefeitura com uma proposta prejudicial para as crianças, de outro, nós que defendemos uma educação infantil de qualidade.

A discussão será novamente debatida e votada na próxima reunião do Conselho, nos dias 5 e 6 de dezembro. Precisamos do apoio de toda a população curitibana para defender a educação infantil.

*Marina Alzão é professora de educação infantil e Representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais no Conselho Municipal de Educação de Curitiba

Edição: Ednubia Ghisi