Cigarro e álcool são principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço
Começou na semana passada o Julho Verde, mês em que profissionais da saúde somam esforços para conscientizar a população sobre o câncer de cabeça e pescoço, alertando a respeito da importância do autocuidado na identificação dos primeiros sintomas. A maioria dos casos podem ser tratado com mais facilidade quando diagnosticados no princípio, segundo especialista entrevistado na edição de hoje (12) do Programa Bem Viver.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, todo ano, pelo menos 40 mil casos de câncer na região da cabeça e pescoço são diagnosticados tardiamente. Isso faz com que os tratamentos sejam mais agressivos e deixem mais sequelas, segundo especialistas.
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“O câncer de cabeça e pescoço é muito frequente e engloba vários tipos, como câncer de pele, câncer na língua, dentro do nariz, nos seios da fase, nas cordas vocais e na garganta. Em muitos casos, o exame físico é suficiente para perceber que há algo errado”, disse o professor e doutor Carlos Takahiro que é otorrinolaringologista e participa da campanha. “O tratamento é basicamente a cirurgia, associada a rádio ou quimioterapia. O SUS paga plenamente o tratamento, inclusive a reabilitação.”
O médico alerta que os principais fatores de risco para esse tipo de câncer são o consumo de álcool e cigarro. O autocuidado é fundamental para diagnosticar a doença ainda no começo. Por isso é preciso ficar atento a caroços e feridas persistentes na região da cabeça e do pescoço e procurar um médico logo nos primeiros sinais.
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A campanha Julho Verde, que está na quinta edição, é promovida pela Sociedade Brasileira de Câncer de Pescoço, com apoio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.
Solidariedade do MST
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) atingiu a marca de 1 milhão de marmitas e 5 mil toneladas de alimentos doados para pessoas em situação de vulnerabilidade desde o início da pandemia, em diversos estados do Brasil. Além disso, 30 mil máscaras de proteção também foram entregues para moradores das periferias do país.
As ações do MST na pandemia também somaram esforços em outras áreas, incluindo a realização de cursos de formação de agentes populares de saúde. A iniciativa capacitou lideranças dentro de comunidades pra serem referência no aconselhamento dos cuidados em relação à pandemia. Na prática, cada vizinhança ganha uma pessoa preparada para amparar as famílias na identificação de sintomas e no uso correto dos equipamentos de proteção.
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As ações de solidariedade seguem acontecendo, já que a situação da fome no Brasil não dá sinais de melhora. O governo anunciou mais três meses de pagamento do auxílio emergencial, que irá até outubro. O valor varia entre R$ 150 e R$ 375 o que, segundo o movimento, não é suficiente para dar conta das necessidades das famílias, em especial com o aumento nos preços dos alimentos e do gás, que já teve 15 altas consecutivas desde o início da pandemia.
Seca no nordeste
Dados do Monitor Seca Brasil divulgados no final de junho apontam para uma situação atípica neste ano em pelo menos cinco estados do nordeste. Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia passam por uma situação de seca moderada. Já em Alagoas, o quadro é grave.
Lideranças sociais e especialistas no tema avaliam que as condições climáticas deste ano têm dificultado a vida dos nordestinos, especialmente do sertão. Eles são taxativos em apontar que a responsabilidade pela ameaça de falta de água na região é do governo federal.
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Do ano passado pra esse, o programa 1 Milhão de Cisternas sofreu um corte de 94% nas verbas. Em paralelo, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), iniciativa federal para garantir renda para famílias agricultoras, teve orçamento reduzido em 50%
Os programas são políticas públicas que garantem segurança alimentar, hídrica e de renda para boa parte da população sertaneja. Elas são consideradas marcos no desenvolvimento social da região, por contribuir para a subsistência das famílias e garantir permanência no território, uma vez que a fome e a pobreza são os principais motivos do êxodo rural.
Direitos quilombolas
A série de reportagens especiais do Brasil de Fato sobre famílias quilombolas da Comunidade da Balsa, no interior do Pará, é destaque no Programa Bem Viver. Elas lutam pelo reconhecimento do território ocupado há mais de 100 anos.
Atualmente as famílias vive às margens da rodovia PA-256, na divisa entre os municípios Tailândia e Acará. Até a década de 1980, a comunidade vivia na beira do rio, com espaço para plantar e ocupar com tranquilidade o território. Com a chegada de uma gigante do agronegócio, elas foram expulsas. Hoje, até as casas à beira da rodovia estão ameaçadas.
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A terceira e última reportagem da série fala sobre outras violações aos direitos dessa população, como a proibição de visitas aos ancestrais nos cemitérios e o risco de contaminação do meio ambiente.
Eficiência das vacinas
Os primeiros resultados sobre a campanha de imunização em massa no município de Botucatu, no interior de São Paulo, são animadores: a média de casos caiu 70% num intervalo de duas semanas. Neste período, a média de casos da doença caiu de 141 para 40, segundo reportagem da Rádio Unesp.
O município foi o local escolhido para um estudo internacional da Universidade de Oxford, da Inglaterra, com Fiocruz e a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). O objetivo era avaliar com precisão a resposta de uma imunização em massa utilizando a vacina Astrazeneca. Desde março toda a população acima de 18 anos começou a ser vacinada.
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O município de Serrana, no interior de São Paulo, também foi palco de um estudo com a mesma finalidade, mas com a vacina Coronavac, desenvolvida em parceira com o Instituto Butantan. A imunização de todos os moradores com mais de 18 anos começou em fevereiro.
Os casos sintomáticos em Serra caíram em 80%, as internações, 86% e as mortes, em 95%. Os números são superiores aos de Botucatu porque em Serrana toda população adulta já tomou as duas doses.
Água na boca
A cozinheira profissional Letícia Massula ensina a preparar uma deliciosa e sofisticada receita de risoto de pinhão. O ingrediente vem da araucária, árvore nativa do Brasil que marca a paisagem dos interiores da região sul e de parte do sudeste do país.
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O pinhão foi extremamente importante para o desenvolvimento dos povos tradicionais da região. Estudos relacionam a ocupação dos indígenas Xokleng com as áreas onde existem mais araucária, o que indica que o povo semeava o pinhão por onde ia.
Para a receita, são necessários poucos ingredientes: vinho, queijo, manteiga, cebola, talo de salsinhas, arroz e, claro, o pinhão, estrela do prato e queridinho da estação.
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Edição: Sarah Fernandes
