Violência sexual

Para nova delegada do caso, estupro coletivo de jovem de 16 anos no RJ "está provado"

Cristiana Bento assumiu as investigações neste domingo, substituindo o delegado Alessandro Thiers

Brasil de Fato |
A delegacia da Criança e Adolescente Vítima, Cristina Bento, em entrevista coletiva
A delegacia da Criança e Adolescente Vítima, Cristina Bento, em entrevista coletiva - Tomaz Silva/Agência Brasil

Cristiana Bento, nova responsável pelo caso da jovem que sofreu um estupro coletivo no Rio de Janeiro (RJ) na semana passada, afirmou nesta segunda-feira (30) que, para ela, o crime está comprovado.

"A minha convicção a é de que houve estupro. Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina. O estupro está provado", disse a delegada da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) em entrevista coletiva. Ela afirmou que, agora, o que deve ser verificado é a extensão e quantas pessoas estão envolvidas crime.

Bento substituiu no último domingo (29) o antigo delegado a frente do caso, Alessandro Thiers, titular da Delegação de Repressão aos Crimes de Informação (DRCI). Ele foi acusado pela vítima de tratar com parcialidade as investigações e desqualificou, em uma conversa de Whatsapp obtida pelo jornal carioca Extra, a jovem, afirmando que não houve estupro. A menina de 16 anos entrou para o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte e a DCAV assumiu as investigações. A família da vítima deixou a casa onde viviam na zona oeste do Rio.

A nova delegada pediu a prisão temporária de seis suspeitos de envolvimento no crime e justificou que já há indícios suficientes para a medida. Ainda na tarde desta segunda-feira , dois suspeitos procurados pelo estupro coletivo foram presos.

Também participaram da coletiva, além de Cristiana Bento, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, e Adriane Rego, diretora do Instituto Médico-Legal (IML), órgão responsável pelo exame físico da garota, que foi realizado quatro dias após o estupro. Segundo eles, a perícia foi prejudicada pelo tempo decorrido entre o crime e o exame. "Não foram colhidos indícios de violência, o que não quer dizer que ela não aconteceu", disse o chefe da Polícia Civil.

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