Assassinato

Um dos tiros que atingiram Maria Eduarda partiu da Polícia Militar, aponta perícia

Estudante foi assassinada no dia 30 enquanto estava em sua escola, na zona norte do Rio de Janeiro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Parentes e familiares de Maria Eduarda protestaram contra a sua morte, na última quinta-feira
Parentes e familiares de Maria Eduarda protestaram contra a sua morte, na última quinta-feira - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A perícia identificou que ao menos um dos cinco tiros que atingiram Maria Eduarda, de 13 anos, partiu da Polícia Militar. A estudante foi morta dentro da Escola Municipal Daniel Piza, na zona norte do Rio de Janeiro.

Maria Eduarda bebia água no bebedouro da escola quando foi atingida por cinco tiros: dois do lado direito do pescoço, que foram a causa da morte; dois nas nádegas e; outro na coxa esquerda.

O assassinato da estudante ocorreu durante uma perseguição policial com troca de tiros no bairro onde fica a escola. O policial autor do tiro foi um dos profissionais presos em flagrante na última sexta-feira (31) por homicídio qualificado.

De acordo com informações da GloboNews, a perícia realizou o exame de confronto balístico e comparou o projétil retirado do corpo da menina com o do grupo que trocava tiros com a PM no dia do crime. A conclusão foi de que a cápsula era de um fuzil 7.62, de modelo PARAFAL, utilizado pela polícia.

A prisão dos policiais ocorreu após a divulgação de um vídeo no qual eles aparecem atirando em dois homens rendidos. Na versão apresentada pelos policiais, os homens ofereciam perigo. O depoimento, no entanto, não convenceu o delegado responsável pelas investigações, André Leiras.

A Divisão de Homicídios (DH) ainda tenta identificar outros policiais militares envolvidos na operação. O órgão continua com as análises para concluir a investigação do assassinato da estudante e divulgar o laudo oficial.

Edição: Vanessa Martina Silva