Coluna

Ditados populares se encaixam em várias situações do dia a dia

Imagem de perfil do Colunistaesd

Ouça o áudio:

"Enfiar o pé na jaca" é um deles
"Enfiar o pé na jaca" é um deles - Divulgação
Os animais aparecem em muitos desses ditados

Dar opinião está muito complicado hoje em dia. Se alguém discorda, não argumenta. Xinga, ameaça, quer até matar quem pensa diferente. Na política, então, a coisa piorou demais. Tem gente raivosa como nunca. Então, quando estiver no meio de um monte de gente que pensa diferente de você, lembre­-se do ditado “Em festa de jacu, nhambu não pia”.

Há muitas situações do nosso dia a dia em que um ditado popular se encaixa direitinho, para o bem ou para o mal. Os animais aparecem em muitos desses ditados. Selecionei alguns deles.

Para pessoas que ficam cautelosas demais, depois de se darem mal em alguma coisa, há dois ditados muito usados: “Gato escaldado tem medo de água fria” e “Cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça”.

Depois de uma certa idade é difícil aprender novas tecnologias, e algumas outras inovações. Neste caso, valem os ditados “Burro velho não toma ensino” e “Papagaio velho não aprende a falar”.

Mas tem situações em que se valoriza muito a experiência dos velhos: “Macaco velho não mete a mão em cumbuca” e “Macaco velho não trepa em galho seco”.

Uma mulher que, na juventude, foi “pinta braba”, como se diz no interior, e agora cobra pureza e virtudes da filha, ouviu o seguinte ditado: “Vaca velha parece que nunca foi bezerra”.

Quando um sujeito ruim é vítima de uma ruindade de outro pior ainda,o ditado apropriado é “A cobra maior engole a menor”. Para os que ficam “valentes” quando um desafeto está derrotado pelos outros e não pode fazer nada contra eles, também há ditados tradicionais: “Boi atolado, pau nele”, “chutar cachorro morto” e “depois da onça morta, até cachorro mija nela”.

Quando uma pessoa está sendo atacada por todos os lados, dizem que ela está “como barata em galinheiro”.

Quando alguém se dá mal em alguma situação, se diz que ele “deu com os burros n’água”, ou que “a vaca foi pro brejo”. Mas se ele se dá bem, diz que “está com o burro na sombra”.

Se algum sujeito insistir em lhe dar conselhos que você não quer, diga logo: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”.

Bom... vamos terminar com um ditado dando vivas à liberdade: “Boi solto lambe­-se todo”.

Edição: Camila Salmazio