Crise

Israelenses fazem mobilização massiva em repúdio à reforma judicial

Protestos se reproduziram em ao menos seis cidades; ato na capital Tel Aviv reuniu cerca de 150 mil pessoas

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Esta foi 28ª jornada de protestos massivos contra a iniciativa governamental criticada por diversos setores da sociedade - AHMAD GHARABLI / AFP

Centenas de milhares de pessoas se mobilizaram neste sábado (15/07) nas principais cidades de Israel em repúdio à reforma judicial promovida pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A cidade de Tel Aviv, capital do país, foi novamente o epicentro dos protestos, com cerca de 150 mil pessoas nas ruas, mas também foram registradas grandes concentrações em Haifa, Netanya, Beer Sheva, Kfar Saba e Raanana.

Segundo a imprensa local, esta foi a 28ª jornada de protestos massivos contra a iniciativa governamental, criticada por diversos setores da sociedade devido a medidas que, entre outras coisas, alterariam o equilíbrio de poderes, dando maior poder ao Legislativo sobre o Judiciário.

A reforma judicial é um projeto do premiê Netanyahu e do ministro da Justiça, Yariv Levin, e uma das principais políticas impulsionadas pela aliança governista conformada pelo partido de direita Likud (de Netanyahu e Levin) e seu principal aliado na atualidade, o Partido Sionista Religioso, de extrema-direita.


Protesto em Tel Aviv contra a reforma judiciária reuniu cerca de 150 mil pessoas (Reprodução/ Twitter)

Entre as medidas mais polêmicas do projeto está a chamada “cláusula de revogação”, que permitiria ao parlamento israelense revogar qualquer decisão da Suprema Corte, máxima instância do Poder Judiciário local, por maioria simples (61 votos).

Outro ponto controverso é a lei que impede que os tribunais de Justiça de questionarem a ação do governo, e que já foi aprovada.

Os organizadores dos protestos contra a reforma comemoraram o que consideraram um sucesso na jornada deste sábado e já convocaram uma nova mobilização, para a próxima terça-feira (18/07), que os movimentos antirreforma passaram a chamar de Dia da Resistência.

Nas redes sociais, as organizações envolvidas com os protestos afirmam que o Dia da Resistência “dará início a uma semana sem precedentes de resistência civil e desobediência à reforma do Judiciário”.

Com informações de TeleSur.