Olimpíadas

Pallasos en Rebeldía e MST fazem intervenção no Centro de Porto Alegre


Com apresentaçõe circenses, grupo denunciou a retirada de direitos da classe trabalhadora pelo interino Michel Temer

Porto Alegre |
Intervenção com palhaços é uma ferramenta essencial para dialogar com a sociedade, diz Revero Ribeiro, do MST
Intervenção com palhaços é uma ferramenta essencial para dialogar com a sociedade, diz Revero Ribeiro, do MST - Catiana de Medeiros/ MST

O grupo circense internacional “Pallasos en Rebeldía”, que usa o riso como ferramenta de transformação política, e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) realizaram na tarde da última terça-feira (9), no Largo Jornalista Glênio Peres, centro de Porto Alegre (RS), as 'Olimpíadas Fora Temer'. 

Por meio de intervenções artísticas o grupo denunciou a retirada de direitos da classe trabalhadora pelo interino Michel Temer (PMDB) e apagou uma réplica da tocha olímpica numa encenação em que o governo golpista discursava na abertura do evento.

“O palhaço, por sua lógica de liberdade, está contra o golpe e esse sistema de terror global. E nesse momento em que as olimpíadas parecem adormecer a consciência brasileira e internacional a arte tem que estar nas ruas para combater essa grande mentira e piada contra a democracia no Brasil”, disse Ivan Prado, porta-voz internacional do Pallasos en Rebeldía.

Para Ivan Prado, “quando a humanidade fica em silêncio diante uma injustiça permanente ela se torna cúmplice. A humanidade tem que ser uma rede de corações que latejam juntos”, afirma.

O grupo também convidou a população gaúcha para participar de mais um ato #ForaTemer nesta quinta-feira (11), a partir das 18 horas, na Esquina Democrática. Esse tipo de intervenção com os palhaços é uma ferramenta essencial para dialogar com a sociedade, segundo Revero Ribeiro, integrante do MST. “É uma forma de passar as mensagens que queremos e convidar a população para a luta nesse momento tão difícil que vivemos”, disse. 

“Quando os palhaços vão para o meio da população as pessoas param, escutam e gostam do diálogo”, explica Ribeiro.

Edição: José Eduardo Bernardes

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