Olimpíadas

Últimas notícias de Tóquio: corredora de Belarus consegue asilo na embaixada polonesa

Krystsina Tsimanouskaya acusa a comissão técnica de forçá-la a voltar ao país de origem após tecer críticas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

A atleta teria sido forçada a voltar ao país antes mesmo de competir nos 200 metros rasos, do atletismo, nesta segunda-feira (2) - AFP

A velocista Krystsina Tsimanouskaya, do Belarus, conseguiu um asilo na embaixada da Polônia em Tóquio, no Japão, segundo informações de agências de notícias desta segunda-feira (2).

Ela havia solicitado o asilo após acusar a própria comissão técnica de forçá-la a voltar ao país de origem, depois que dirigiu críticas publicamente aos seus superiores. Em seu Instagram, a atleta informou que alguns de seus colegas não teriam ido para Tóquio por falta de testes antidoping.

:: Para além da Olimpíada, atletas lutam pela presença de mais mulheres no esporte ::

A atleta teria sido forçada a voltar ao país antes mesmo de competir nos 200 metros rasos, do atletismo, nesta segunda-feira (2). Com a sua recusa para aceitar as determinações da comissão técnica, Tsimanouskaya buscou proteção da polícia japonesa no aeroporto de Haneda. Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), a corredora esteve acompanhada por um membro da organização das Olimpíadas durante todo o momento.

:: Após ouro e prata, Rebeca Andrade fecha participação com 5º lugar no solo: “Estou muito feliz” ::

Atualmente, o país é governado por Alexander Lukashenko, em seu sexto mandato consecutivo, fruto de uma eleição que não foi reconhecida pela comunidade internacional.  Lukashenko é acusado de reprimir aqueles que criticam seu governo.

Falando em política e Olimpíadas, a estadunidense Raven Saunders fez a primeira manifestação política nos jogos de Tóquio, neste fim de semana. Com a medalha de prata no pescoço por sua atuação no arremesso de peso feminino, a atleta ergueu os braços e cruzou os punhos no pódio. 

Artigo | Olimpíada de Tóquio: o esporte reafirmando seu papel sociopolítico

O COI, que proíbe manifestações políticas durante as Olimpíadas, ainda não se manifestou sobre o caso. Segundo Saunders, o cruzamento dos braços representa a intersecção das opressões contra as minorias políticas no mundo. 

“Grito para todos os meus negros. Grito para toda a minha comunidade LGBTQ. Grito para todos os meus funcionários que lidam com saúde mental. Para mostrar aos mais jovens que não importa em quantas caixas eles tentem encaixar você, você pode ser você e pode aceitar isso. As pessoas tentaram me dizer para não fazer tatuagens e piercings e tudo isso. Mas olhe para mim agora, e estou brilhando”, afirmou a atleta.

Quadro de medalhas

No quadro de medalhas conquistadas até o momento, o Brasil está em 18º lugar no ranking geral, com 10 medalhas:  duas de ouro, três de prata e cinco de bronze. As primeiras posições são ocupadas por China, Estados Unidos, Japão, Austrália, Atletas da Rússia, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Coreia do Sul e Holanda.

:: Covid-19: Japão tem recorde de casos com Olimpíada e Brasil sinaliza "liberou geral" ::

Nesta segunda-feira, o cubano Mijaín Lopéz se tornou o primeiro atleta da luta greco-romana a conquistar quatro medalhas de ouro em Olimpíadas. Também fez história Neisi Dajomes, a primeira mulher do Equador a conquistar uma medalha de ouro. Ela garantiu a medalha no levantamento de peso 76 kg feminino.

Edição: Leandro Melito