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OLIMPÍADA DA RUPTURA

Artigo | Olimpíada de Tóquio: o esporte reafirmando seu papel sociopolítico

É emblemático que as primeiras medalhas do país tenham sido conquistadas justamente pelas modalidades marginalizadas

28.jul.2021 às 12h01
João Pessoa (PB)
Polyanna Gomes

Rayssa Leal e Ítalo Ferreira, medalhistas olímpicos pelo Brasil. - Montagem Reprodução Instagram

Foi impossível conter as lágrimas ao assistir a vitória do skate brasileiro em Tóquio. Kelvin Hoefler e Rayssa Leal conquistaram medalhas de prata na modalidade Street Skate.

A “fadinha do skate” como ficou conhecida a maranhense, disse em entrevista “skate é para todo mundo, não é só esporte de menino”. Aos treze anos de idade Rayssa já faz história sendo a mais jovem atleta olímpica brasileira a conquistar uma medalha em Jogos Olímpicos e com o skate, esporte que na década de 80, no Brasil, foi considerado “prática transgressora” por políticos conservadores.

Leia aqui: Sem mágica: Rayssa Leal conquista o mundo com alegria e grandes manobras

Assim como o skate, o surfe também era considerado, até 40 anos atrás, um esporte à margem. Em Tóquio, o Brasil tinha quatro representantes na modalidade, sendo dois homens e duas mulheres, e o potiguar Ítalo Ferreira conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil no surfe. É emblemático e representativo que as primeiras medalhas do país tenham sido conquistadas justamente pelas modalidades marginalizadas.

::Italo Ferreira conquista no surfe o primeiro ouro do Brasil em Tóquio::

O Brasil tem 302 atletas em 35 modalidades, na 32a. edição dos Jogos Olímpicos, que estão sendo sediados na região metropolitana de Tóquio, no Japão. Em meio a um mundo que ainda vive o caos de uma pandemia, sediar um evento como esse parecia quase impossível. Adiada em um ano, Tóquio 2020 traz entretenimento, representatividade e abala as estruturas sociais sendo considerada a Olimpíada da ruptura e da diversidade.

Com chances de medalha nos próximos dias, a brasileira Rebeca Andrade, da ginástica artística, fez uma linda e forte apresentação de solo ao som de “Baile de Favela”, do MC João. Filha de empregada doméstica, criada na periferia de Guarulhos, a jovem de 22 anos vai escrevendo sua história e fazendo parte dessa ruptura que Tóquio vem proporcionando.

Leia também: Olimpíada de Tóquio começa com manifestações antirracistas e luta contra covid; veja fotos

E por que enfatizar tanto que Tóquio 2020 é diversa e histórica? Porque o esporte é uma atividade que tem papel social e político. Quando se fala em esporte se fala em lutas desde os seus primórdios. Em sua essência e prática não só promove entretenimento, mas também colabora com a formação de cidadãos, educa e provoca transformações sociais.

Posso aqui lembrar o que aconteceu no primeiro jogo da seleção brasileira de futebol masculino, que busca seu segundo ouro olímpico na modalidade: o jovem jogador Paulinho celebrou seu gol fazendo um gesto que simboliza a flecha de Oxóssi, o orixá das matas. O Brasil é um país onde as denúncias de casos relacionados à intolerância religiosa só aumentam a cada ano, principalmente para com as religiões de matrizes africanas.

Também é importante lembrar da pesquisa realizada pelo site OutSports, a qual afirma que nesses Jogos Olímpicos pelo menos 160 atletas são assumidos lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer e não binários. Laurel Hubbard, do levantamento de peso da Nova Zelândia, é a primeira atleta transgênero a participar de uma olimpíada.

O esporte se desenha como retrato da sociedade e são nas conquistas históricas de modalidades antes marginalizadas, na música rotulada de “favelada” que se torna composição de uma apresentação, na força e liberdade de demonstrar sua crença, na coragem de cobrir um slogan de patrocinador que não te representa, é que o esporte assume sua posição transformadora e resumi-lo a simples entretenimento é um extremo equívoco.

Quando algo forma, educa, provoca, transformando valores e atitudes de qualquer pessoa, já registra o seu papel sócio político.

*Jornalista, amante da literatura regionalista e escrevinhadora de crônicas e contos lá do sertão.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Heloisa De Sousa
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