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Início Política

Pressão

Dallagnol articulou e alimentou movimentos contra STF e Congresso

Novos vazamentos mostram chefe da Lava Jato usando grupos de direita para pressionar ministros e parlamentares

12.ago.2019 às 11h23
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h50
São Paulo (SP)
Redação
A procurado Thaméa Danelon ao lado de Dallagnol: "colocava todos na barraca e metralhava kkkk"

A procurado Thaméa Danelon ao lado de Dallagnol: "colocava todos na barraca e metralhava kkkk" - Rovena Rosa | Agência Brasil

Nova série de diálogos divulgada nesta segunda-feira (12) pelo site The Intercept Brasil mostra procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba (PR) e São Paulo orientando movimentos de direita a pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, de acordo com os interesses políticos da Força Tarefa.

Grupos como Vem Pra Rua, Nas Ruas, Movimento Brasil Livre (MBL), Instituto Mude e Movimento Brasil Melhor recebiam orientações sobre como pressionar ministros do supremo e parlamentares.

Isso aconteceu, segundo o Intercept, em ao menos quatro ocasiões: na votação do projeto das “10 medidas contra a corrupção” na Câmara (novembro de 2016); na escolha do substituto de Teori Zavaski como relator da Lava Jato para acusados com foro privilegiado (janeiro/fevereiro de 2017); na definição do voto do ministro Alexandre de Moraes sobre uma questão envolvendo prisão em segunda instância (jan/fev de 2018), que indiretamente provocaria efeitos sobre o caso do ex-presidente Lula; e nas vésperas do julgamento do habeas corpus do próprio Lula para não ser preso enquanto tivesse direito a recurso, em março de 2018.

De acordo com os diálogos divulgados pelo site, em várias ocasiões Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato, usou a procuradora Thaméa Danelon como “laranja” para transmitir aos movimentos as orientações de como proceder em cada situação.

Fachada

Um dos grupos tinha ligação direta com o chefe da Lava Jato: o Mude, onde o procurador chegou a atuar como diretor informal. O Mude – Chega de Corrupção foi criado em Curitiba para coletar assinaturas em favor das “10 medidas”.

Entre os organizadores do movimento estão membros da Igreja Batista do Bacacheri, a mesma frequentada por Dallagnol e onde ele eventualmente faz sermões.

Num grupo de Telegram criado entre o procurador e o pessoal da igreja, eles debatem o risco de a imprensa descobrir que o instituto seria na verdade uma “fachada” criada pelo “Dr. Deltan” para “fazer pressão nos deputados”. Dallagnol havia feito uma visita à redação da Folha de S.Paulo acompanhado de um alto executivo da agência de publicidade Opus Múltipla, que era contratada do Mude para a campanha das “10 medidas”. Os integrantes do grupo temiam que os jornalistas ligassem os pontos e descobrissem a trama.

Isso não aconteceu e Dallagnol não só deu prosseguimento ao planejado como ampliou o leque de alianças com os movimentos.

“Caros, votação será adiada para terça-feira. Agora temos que adotar uma estratégia forte, de diferentes frentes. Uma delas será colocar 500 pessoas no Congresso. Já alinhei isso com o MUDE e eles têm capacidade para fazer isso”, escreveu ele no grupo “Parceiros 10 Medidas MPF” na manhã de 17 de novembro de 2016.

À tarde, Thaméa Danelon respondeu: “Já acionei o VPR [Vem Pra Rua], nas Ruas, Brasil Melhor, Brasil Livre”.

A pressão sobre o Congresso não deu resultado. As medidas foram aprovadas sem os pontos que a Lava Jato considerava fundamentais. Mas a “parceria” se manteve e seria usada em outras ocasiões – a primeira delas dois meses depois, com a morte do ministro Teori Zavaski.

“Coisa de Deus”

Teori era da 2ª Turma do STF quando o avião bimotor em que viajava caiu no litoral de Paraty (RJ), em 19 de janeiro de 2017. Para o seu lugar, como relator da Lava Jato nos casos envolvendo foro privilegiado, deveria ser escolhido outro membro da 2ª Turma. Na época, o colegiado era formado por Gilmar Mendes. Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.

Nenhum dos quatro era da confiança dos procuradores da Lava Jato e a máquina de pressão começou a funcionar.

Patricia Fehrmann, cofundadora do Mude, escreveu no grupo: “tem muita gente perguntando o q fazer. O VPR é um desses”. Dallagnol ironiza: “Não podemos nos posicionar. Queimamos a pessoa rsrsrs”.

Na sequência, porém, o procurador e seus colegas passam a trabalhar com duas estratégias: articular para que Luís Roberto Barroso assuma a vaga de Zavaski na 2ª Turma e usar os movimentos para pressionar contra a regra de definir o relator por sorteio.

Em 1º de fevereiro, Dallagnol pediu ao Mude que compartilhasse nas redes um artigo que atacava Mendes, Lewandowski e Toffoli, sugerindo ao pessoal do movimento que orientasse o Vem Pra Rua a fazer o mesmo.

“Só não me citem como origem, para evitar melindrar STF”, ressaltou o procurador na mensagem trocada com Patricia Fehrmann.

No dia seguinte, o ministro Edson Fachin, que acabou cobrindo a vaga de Zavaski na 2ª Turma, foi sorteado como relator. Não era Barroso, que seria “ótimo”, mas estava de bom tamanho: “Fachin foi coisa de Deus”, escreveu Dallagnol.

“Jeito elegante de pressionar”

A parceria com os movimentos volta a acontecer um ano depois, em janeiro de 2018, quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deveria dar seu voto sobre um caso envolvendo prisão em segunda instância. O voto de Moraes era indiferente (o STF já havia formado maioria em favor da prisão), mas poderia influenciar em outro caso que em breve chegaria à corte: o de Lula.

Por isso, Dallagnol e outros procuradores se apressaram em garantir que Moraes não decepcionasse.

Nesse episódio, Dallagnol orientou um assessor do MPF a buscar na internet vídeos com declarações de Moraes favoráveis à prisão em segunda instância. Depois de um dia inteiro procurando nas redes, o assessor enfim encontrou um vídeo com o conteúdo desejado, cortou, editou e enviou para Dallagnol, que, entusiasmado, reagiu em maiúsculas: “HAHAHAAH SENSACIONAL! VC É DEMAIS!!!

Na sequência, pediu a Thaméa Danelon, braço da Lava Jato em São Paulo, que repassasse o material para “VPR e outros movimentos, para usarem se acharem bom”.

O VPR publica o vídeo e a própria Thaméa compartilha, usando um texto em que diz que Moraes “certamente vai votar pela prisão…não teria razão para mudar de opinião…”. Dallagnol aprova o texto: “Boa Tamis, acho que é por aí. É uma mensagem que deposita confiança e ao mesmo tempo empareda”. Depois, conclui: “Um jeito elegante de pressionar rs”.

“Colocava todos na barraca e metralhava kkkk”

Em março de 2018, Dallagnol e Thaméa voltam à carga. Com o STF perto de decidir se Lula poderia ser preso mesmo tendo direito a um último recurso, os dois procuradores articulam um abaixo-assinado favorável à prisão.

“Se Vc topar, vou te pedir pra ser laranja em outra coisa que estou articulando kkkk”. Thaméa assentiu e Dallagnol continuou:

“Um abaixo assinado da população, mas isso tb não pode sair de nós… o Observatório vai fazer. Mas não comenta com ng, mesmo depois. Tenho que ficar na sombra e aderir lá pelo segundo dia. No primeiro, ia pedir pra Vc divulgar nos grupos. Daí o pessoal automaticamente vai postar etc”, disse ele, referindo ao Observatório Social, outra organização sediada em Curitiba.

Tudo sai conforme o previsto e o chefe da Lava Jato volta a alertar: “Temos que cuidar pra não parecer pressão. Se não estivéssemos na LJ, o tom seria outro kkkkk. Ia chutar o pau da barraca rs. Depois chutava a barraca e eles todos tb kkk”.

A procuradora paulista se empolga com a ideia: “Eu colocava todos na barraca e metralhava kkkk”.

Editado por: João Paulo Soares
Tags: alexandre de moraescongresso nacionaldeltan dallagnoledson fachinlava jatolulamblradioagênciastfvaza jato
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