Tempestades

Após chuvas, Rio soma 18 mortos e tem rodovia interditada por deslizamentos no sul do estado

Em Angra dos Reis, 10 pessoas morreram na já considerada a pior chuva da história do município da Costa Verde

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A BR-101, conhecida como Rio-Santos, principal rodovia de acesso à cidade, iniciou o dia com pelo menos quatro pontos de interdição total - Divulgação PRF

Após as buscas das equipes de resgate na madrugada desta segunda-feira (4), outras duas vítimas foram encontradas na cidade de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense. Com elas, o número de mortes chegou a 10 pessoas no município após as chuvas dos últimos dias, consideradas as piores da história da cidade.

Desde sábado (2), o estado do Rio registrou 18 mortes provocadas pelas chuvas. Além das 10 mortes confirmadas em Angra dos Reis, também ocorreram sete óbitos em Paraty, onde uma mulher foi soterrada junto com seis filhos. Em Mesquita, na região metropolitana, um homem morreu eletrocutado ao tentar ajudar outra pessoa.

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Em Angra, ainda estão sendo procuradas até quatro pessoas que poderiam estar soterradas, segundo relatos da comunidade local, em um deslizamento de terra que destruiu a Praia de Itaguaçu, na Ilha Grande. As buscas seguem ativas durante esta segunda (4).

Diante dos impactos causados pela tempestade, foi decretada situação de emergência no município.

A BR-101, conhecida como Rio-Santos, principal rodovia de acesso à cidade, iniciou o dia com pelo menos quatro pontos de interdição total entre Angra dos Reis e Paraty. Cerca de 12 equipes do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER) e da concessionária CCR estão trabalhando na desobstrução da estada. 

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB), pediu no domingo (3) o desligamento das usinas nucleares por receio de que não seria possível colocar em prática o plano de emergência, por conta das vias de acesso ao município interditadas. 

No entanto, a Eletronuclear, responsável pela gerência das usinas, garantiu que uma eventual evacuação não estaria comprometida, por isso, continuaram em funcionamento. 

"Segundo os procedimentos estabelecidos no plano, em caso de emergência, a evacuação poderia abranger pessoas localizadas em um raio de até 5 km da central, que seriam levadas para abrigos situados a até 15 km das usinas. Esses abrigos também não foram atingidos pelas chuvas ou por deslizamentos de terra. Dessa forma, no momento, a ação poderia ser realizada com total eficácia", disse em nota.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse