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Em SP, festival de cinema Ecofalante 2023 aborda o racismo e a questão indígena

Este ano, o maior festival de cinema socioambiental do país traz 101 filmes de 39 países

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Em "A Febra da Mata", filme que está na mostra Ecofalante, uma onça sinaliza para um pajé a chegada de tempos difíceis para todo um ecossistema - Luiza Magalhães

A 12ª edição do Ecofalante, maior mostra de cinema socioambiental do país, acontece desta quinta-feira (1°) até o dia 14. Os temas deste ano do festival são racismo e a questão indígena

A programação, toda gratuita, inclui 101 filmes de 39 países, exibidos em 25 salas da capital paulista.

Chico Guariba, diretor da mostra, diz que o festival tem "a proposta de ser uma plataforma de informação e conhecimento, para, através do audiovisual, debater os problemas contemporâneos".

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Ele afirma que 26 filmes discutem a questão dos povos indígenas. Entre os destaques, A Invenção do Outro, que mostra o trabalho do ambientalista Bruno Pereira, assassinado no ano passado junto com o jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari. O filme traz uma expedição da Funai na região, que tenta contatar os indígenas isolados Korubos.

Outro tema importante da mostra é o racismo e o legado do colonialismo, incluindo suas consequências ambientais, como Uma História de Ossos e Filhos do Katrina.

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O festival traz filmes premiados em alguns dos maiores festivais de cinema do mundo. Após as exibições em São Paulo, o Ecofalante cai na estrada. Estão previstas sessões em várias regiões do país, diz Guariba.

"Vamos rodar o Brasil.  A proposta é ir a pelo menos oito capitais, além de festivais e cinemas menores pelos interiores."

A programação completa do festival pode ser conferida aqui.

Edição: Rodrigo Durão Coelho