Representantes de movimentos populares, lideranças políticas, intelectuais, acadêmicos, parlamentares e representantes governamentais se reúnem entre os dias 22 e 24 de fevereiro, em Foz do Iguaçu (PR), na Jornada Latino-Americana e Caribenha de Integração dos Povos. A programação do evento, que pretende debater o presente e o futuro da integração e da soberania dos povos do continente, acaba de ser divulgada.
Entre as atividades previstas estão conferências e mesas de trabalho com diferentes eixos temáticos, além de atividades culturais e políticas. Confira no fim deste texto a programação detalhada para os três dias de evento.
As atividades vão acontecer no Centro de Convenções da Prefeitura de Foz de Iguaçu. Quem quiser participar deve entrar em contato por e-mail, pelo endereço [email protected]. O endereço também está disponível para busca de informações.
Cuba, Haiti e Argentina em pauta
Entre os temas que devem nortear as discussões, estão as atuais situações políticas e econômicas de Cuba (que vive um período de desabastecimento diretamente influenciado pela permanência do país na lista de países financiadores de terrorismo); Haiti, país mais pobre do continente, que vive situação de emergência; e Argentina, que está no foco das preocupações dos movimentos desde a eleição de Javier Milei para a presidência.
"A ideia nossa é juntar a militância que luta em uma agenda comum e em ação comum para o próximo período. É isso que vamos fazer em Foz do Iguaçu", disse ao Brasil de Fato o secretário-geral da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Rafael Freire. A CSA é uma das entidades organizadores do evento.
O ex-presidente uruguaio Pepe Mujica é esperado no evento. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também foi convidado, assim como outros líderes da região, como Gustavo Petro (presidente da Colômbia) e Xiomara Castro (presidenta de Honduras). Outras lideranças e personalidades devem participar, como a vice-presidenta da Colômbia, Francia Marquez, e o ganhador do prêmio Nobel da Paz Adolpho Perez Esquivel, da Argentina. Do Brasil, estão convidados também a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania brasileiro, Silvio Almeida, entre outros.
"No último dia queremos fazer um diálogo dos movimentos com o Pepe Mujica e os governos progressistas. O Lula está convidado a estar presente dia 24, e nossa ideia é fazer um ato aberto, com 10 a 15 mil pessoas, para receber as reivindicações dos movimentos", complementou Rafael Freire.
Confira abaixo os detalhes da agenda:
22 de fevereiro (quinta-feira)
9h - Ato e mística de abertura
10h - Conferência "Crise sistêmica do capitalismo e as ameaças à paz e soberania dos povos"
12h - Almoço
14h - Mesas de trabalho simultâneas (4 eixos temáticos)
19h - Jantar
20h - Jornada político-cultural de solidariedade: "Cuba Vive e Resiste!"
23 de fevereiro (sexta-feira)
8h30 - Conferência "Desafios da integração latino-americana e caribenha" (diálogo com partidos políticos, parlamentos, governos e movimentos)
12h - Almoço
14h - Mesas de trabalho simultâneas (4 eixos temáticos)
19h - Jantar
20h - Festival latino-americano e caribenho de cultura e resistência
24 de fevereiro (sexta-feira)
8h - Mística
8h30 - Plenária final e leitura de documento final
12h - Almoço
15h - Feira cultural, com música, artesanato e produtos da economia solidária
17h - Ato político com presidentes
Edição: Rodrigo Durão Coelho
