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Desastre causado pela Samarco em Mariana completa cinco meses de impunidade

Empresa não pagou nenhuma multa e ninguém foi preso

Belo Horizonte |
A lama atingiu diversos municípios e destruiu o Rio Doce
A lama atingiu diversos municípios e destruiu o Rio Doce - Rogério Alves / TV Senado

Há cinco meses, no dia 5 de novembro de 2015, o distrito de Bento Rodrigues, na cidade de Mariana, era arrastado pela lama que vinha da barragem de Fundão, gerenciada pela mineradora Samarco. A empresa é controlada pela Vale S/A e pela anglo-australiana BHP Billiton. Pelo menos 19 pessoas perderam suas vidas. Os rejeitos se espalharam por todo o rio Doce, chegando ao mar do Espírito Santo e comprometendo ecossistemas inteiros. O caso é considerado a maior tragédia ambiental da história do Brasil.
A mineradora recebeu cinco multas do Ibama e uma da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, que somam R$ 362 milhões. A empresa recorreu de todas e até agora não cumpriu nenhuma das resoluções.

Inquérito suspenso
Um inquérito que pedia a prisão preventiva de seis funcionários da Samarco, incluindo o presidente, foi  suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Duas outras apurações seguem em andamento, também sem resultados: uma da Polícia Civil e outra da Polícia Federal.

Caravana percorre áreas afetadas
Entre 11 e 16 de abril acontece a Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce. Cerca de 150 pessoas irão percorrer as margens e conhecer a história da região, também contornando as áreas impactadas pelo rompimento da barragem.
A iniciativa é organizada por movimentos populares, universidades, associações e organizações locais. A Caravana pretende apresentar alternativas para a recuperação socioambiental dos territórios atingidos e soluções para atividades produtivas sustentáveis.

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