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Entrevista

Querem que nosso continente volte a ser quintal dos EUA, afirma Frei Betto

Para escritor, há uma forte influência estadunidense na ascensão conservadora da América Latina

13.abr.2016 às 12h39
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h35
São Paulo
Guilherme Weimann
Para Frei Betto, governos progressistas da região erraram em não politizar o povo

Para Frei Betto, governos progressistas da região erraram em não politizar o povo - Para Frei Betto, governos progressistas da região erraram em não politizar o povo

“Os ianques farão de tudo para que o nosso continente volte a ser o quintal deles”. Para Frei Betto, uma das principais referências da história dos movimentos populares no Brasil, a ascensão conservadora no Brasil e em outros países da América Latina tem influência direta dos Estados Unidos. Ele acredita, porém, que os “governos progressistas” que chegaram ao poder no continente na última década precisam reconhecer seus erros, como o de “não cuidar da alfabetização política do povo”. 

Ao longo dos seus 71 anos, o frade dominicano Carlos Alberto Libâno Christo participou da Ação Católica e enfrentou a repressão ao lado de Frei Tito e Carlos Marighella, líderes de esquerda mortos pela ditadura militar. Por conta de seu engajamento, Frei Betto foi preso duas vezes entre as décadas de 1960 e 1970.

Com a ascensão de Lula à presidência, ele coordenou o programa Fome Zero, posteriormente substituído pelo Bolsa Família. Entretanto, após dois anos, saiu do governo por críticas às mudanças ideológicas do Partido dos Trabalhadores (PT).

Ele, que é autor de mais de 60 livros, relaciona a tentativa de retirada da presidenta Dilma Rousseff aos processos que levaram à deposição dos presidentes Fernando Lugo (Paraguai) e Manuel Zelaya (Honduras). “Considero o impeachment um golpe branco”, declara, taxativamente.

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato: O Brasil está dividido. Qual a sua opinião em relação ao impeachment?

Frei Betto: Considero o impeachment um golpe branco, à semelhança do que ocorreu em Honduras [em 2009] e no Paraguai [2012]. Entre as vozes das ruas e as das urnas, fico com a última. Se houver impeachment, o Brasil entrará em turbulência política permanente, pois qualquer oposição tenderá a recorrer a este recurso.

Quais as consequências de uma eventual derrubada da presidenta?

Os governos Lula e o primeiro de Dilma foram os melhores de nossa história republicana, mas cometeram erros graves: nenhuma reforma estrutural, falta de valorização dos movimentos sociais (sempre chamados na hora de apagar incêndios), estímulo ao consumismo, despolitização da nação, entre outros. Apesar disso, os mais pobres tiveram conquistas importantes: 45 milhões saíram da miséria, não houve criminalização dos movimentos sociais e a política externa foi independente. Se Dilma cair, o Brasil passará do Estado de Direito ao Estado da direita.

Independentemente do processo de impeachment, qual o futuro do PT? Existe possibilidade de uma guinada à esquerda?

Não creio na recuperação do PT, infelizmente. Ele jogou na lata de lixo da história os três capitais simbólicos que o caracterizavam na origem: ser o partido da ética; ser o partido da organização da classe trabalhadora; ser o partido do horizonte socialista para o Brasil, o que traria mudanças estruturais. O envolvimento de alguns de seus dirigentes na corrupção ficará como uma ferida incicatrizável. O PT tem que se reinventar de outro modo. Mas antes deveria fazer uma séria autocrítica.

O senhor viveu a violência da ditadura. Como enxerga o atual momento, no qual alguns setores reivindicam a volta do regime militar?

Isso é choro de derrotados e fracassados. Felizmente, os militares estão com as barbas de molho…

Vários “governos progressistas” têm sofrido derrotas na América Latina. Existe uma conexão entre os diversos movimentos dessa ascensão conversadora no continente?

Claro, pois os Estados Unidos não dormem em serviço. Quanto mais puderem desestabilizar os governos progressistas da América Latina, mais o farão. Porém, esses governos devem também reconhecer seus erros, como o de não cuidar da alfabetização política do povo, não valorizar o mercado interno e ficar demasiadamente na dependência do [capital] externo, além de não organizar as bases populares.

Interesses norte-americanos têm alguma influência na atual situação política do país?

Está dito acima. Os ianques farão de tudo para que o nosso continente volte a ser o quintal deles.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Editado por: Redação
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