Solidariedade

Evo Morales se reúne com Nicolás Maduro para falar sobre o golpe no Brasil

Eles avaliaram a situação da América Latina diante da “investida” da direita contra movimentos progressistas

Opera Mundi |
Maduro e Evo trataram especialmente do processo contra Dilma
Maduro e Evo trataram especialmente do processo contra Dilma - Foto: AVN/ABI (05/03/2016)

O presidente da Bolívia, Evo Morales, fez nesta quarta-feira (21/04) uma escala na Venezuela em sua viagem a Nova York. Morales participou de um encontro com o mandatário do país, Nicolás Maduro, no qual conversaram sobre o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, que foi qualificado como "golpe de Estado".

Na reunião, segundo Maduro, eles avaliaram a situação da América Latina diante da “investida” da direita contra movimentos progressistas, especialmente o processo contra Dilma Rousseff.

"Estivemos conversando largamente (...) estivemos avaliando a situação da América Latina, toda esta investida da direita (...) o golpe de estado contra a presidente Dilma e estivemos falando da mudança climática também", disse Maduro no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, onde se reuniu com Morales antes que o presidente boliviano seguisse rumo a Nova York.

Morales chegou a Caracas acompanhado do chanceler boliviano, David Choquehuanca, e ambos foram recebidos pela chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez.

Nos Estados Unidos, Evo participará, junto com Dilma e outros chefes de Estado, da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, que envolve metas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa por parte dos países signatários.

"Ele [Morales] vai conversar com ela [Dilma] e pedi que lhe transmitisse toda minha solidariedade", declarou Maduro.

Assessores da Presidência da República do Brasil informaram à agência de notícias Reuters que, durante seu discurso na sede da ONU, a presidente deverá falar sobre seu processo de impeachment, ao qual se refere como um "golpe" contra um governo democrático e legítimo.

No domingo (17/04), a oposição na Câmara dos Deputados do Brasil reuniu os 342 votos necessários para que prossiga o processo de impeachment contra Dilma, que agora é analisado pelo Senado.

(*) Com Agência Efe

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