Paraná

Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel participará de ato no dia 29 de abril em Curitiba

Atividade marca um ano do chamado “Massacre do Centro Cívico”

Curitiba (PR) |
Adolfo Pérez Esquivel durante a 3ª Feira de Sementes Crioulas de Mandirituba, em Curitiba, realizada em 30 de agosto de 2015
Adolfo Pérez Esquivel durante a 3ª Feira de Sementes Crioulas de Mandirituba, em Curitiba, realizada em 30 de agosto de 2015 - Joka Madruga

O argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz e presidente do Conselho Honorário do Serviço Paz e Justiça na América Latina, é um dos nomes da sociedade civil confirmados para a manifestação do dia 29, em Curitiba. A data marca um ano do "Massacre do Centro Cívico", que deixou mais de 200 manifestantes feridos, em operação da Polícia MIlitar, sob comando do governador Beto Richa (PSDB) e do então secretário estadual de segurança, Fernando Francischini. 

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Para relembrar o massacre, denunciar a violência do Estado sobre os trabalhadores e com o objetivo de cobrar mais direitos e melhora nos serviços públicos, diversas categorias do funcionalismo estadual realizam paralisação de atividades e concentram-se no centro de Curitiba. 

Movimentos populares e entidades solidárias aos trabalhadores também participam da manifestação, como o caso do Fórum de Lutas 29 de Abril. A molização é um momento "para levantar novante a bandeira da defesa da educação", afirma o evento de convocação no Facebook

A concentração será às 8h30 em dois locais, na Praça Santos Andrade e na Praça Rui Barbosa, de onde os manifestantes seguirão em caminhada para a Catedral da Praça Tiradentes. O ato encerrará no Centro Cívico, com show de Pereira da Viola e da banda Detonautas.

Massacre

De acordo com o relatório apresentado pelo próprio governo Richa ao Ministério Público de Contas, no dia 29 de abril 2.500 policiais dispararam 2.323 balas de borracha e 1.413 bombas de efeito moral contra os manifestantes que protestavam contra a aprovação do Projeto de Lei que ficou conhecido como "Confisco da Previdência". A atuação feriu mais de 213 pessoas e violentou outras milhares com gases tóxicos.

Apesar disso, no dia 22 de março, a Justiça Militar do Paraná arquivou a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP-PR) sobre a operação. O juiz responsável pelo caso, Davi Pinto Almeida, alegou que os agentes policiais atuaram no cumprimento de seu dever e que não houve indícios de que eles tenham iniciado a agressão. Manifestantes e movimentos presentes no ato contestam esta versão. 

 

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