Hora do almoço

Quentinhas do centro do Rio: deliciosas e baratas

Na hora do almoço, cariocas buscam alternativas para comer bem e gastar menos

Rio de Janeiro |
Teovam Azevedo usa sua bicicleta para transportar suas quentinhas no Rio
Teovam Azevedo usa sua bicicleta para transportar suas quentinhas no Rio - Alexandro Auler

A hora do almoço é sem dúvida uma das melhores para o trabalhador. Além de descansar por um curto tempo antes de retornar ao serviço, é também o momento de encher a barriga. Para alguns, é também a hora de almoçar uma comida deliciosa pagando menos que nos restaurantes que estão espalhados pelo centro. Quem tem fome e pode dar uma volta no Largo da Carioca percebe as diversas possibilidades de temperos e sabores oferecidos pelos vendedores de quentinha que ficam nas proximidades do lugar. 

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Morador do Morro da Providência, também no centro, Teovam Azevedo, de 61 anos, acorda todos os dias às 4h30 para começar a preparar as cerca de 60 quentinhas que vende no centro a partir das 11h30. Para transportar a comida, ele usa sua bicicleta, que também virou sua marca. Já são 18 anos vendendo as quentinhas, que atualmente custam sete reais. “Eu supero todas as dificuldades com Deus. O bom do meu trabalho é que, além de conquistar minha renda, eu ainda levo alegria para as pessoas com minha comida”, diz. 

Com o passar dos anos, mais que clientes, ele fez amigos. Pessoas que não deixam um só dia de experimentar as novidades de Teovam, que garante que cozinha com alegria e esse é o segredo de seu tempero. A promotora de vendas Nilda Maria, de 54 anos, é uma dessas clientes fiéis. Segundo ela, já são mais de oito anos que não abre mão da comida preparada pelo morador da Providência. “É muito gostosa e barata. Além de tudo ele ainda virou um amigo, sempre nos trata com respeito e ainda tem um tempero muito bom”, conta a trabalhadora.

O cardápio vai variando de acordo com os dias. Peixe, carne de boi e frango são algumas das opções. O destaque é para a feijoada especial, que é servida todas as sextas. 

Crédito ou débito?

Para outros vendedores, a criatividade não está apenas no cardápio. A inovação vem também na hora do cliente pagar a conta. Antônio Carlos, de 57 anos, largou o trabalho como vendedor de seguros há oito anos para fundar a Tempero Capixaba, sua marca de quentinhas. Além do pagamento em dinheiro, os consumidores ainda têm a opção de pagar no cartão de crédito, débito e em vale alimentação. Os almoços custam entre R$ 10 e R$ 12, dependendo do tamanho da refeição. 

“Eu adoro cozinhar e as pessoas gostam. Receber o pagamento em cartão é dar mais uma oportunidade às pessoas de provarem o meu tempero”, comenta Antônio Carlos. Ele revela também que seu filho está preparando um aplicativo para que os clientes possam pedir a comida sem precisar ligar ou ir até o local onde vende. 

Cliente fiel

Das cerca de 100 quentinhas que vende todos os dias, Antônio Carlos já tem clientes que não comem em outro lugar. Rosana Henrique, de 43 anos, trabalha próximo ao Largo da Carioca e caminha todos os dias pouco antes do meio dia para comprar dois almoços. O primeiro ela come ainda no serviço e o segundo leva para seu filho de seis anos. “Ele é muito higiênico e a comida dele é deliciosa. Sempre levo pra o meu filho também, que é fã da carne assada com macarrão que o Antônio faz”, conta.

 

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