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Washington Silvestre: poeta da vida

O pipoqueiro e compositor de samba trabalha há dois anos na Praça da Liberdade

Belo Horizonte |
“No dia em que você me vir passar, não abaixe a cabeça. Olhe e veja que a sarjeta não foi feita pra mim”, diz uma das letras escritas por Washington
“No dia em que você me vir passar, não abaixe a cabeça. Olhe e veja que a sarjeta não foi feita pra mim”, diz uma das letras escritas por Washington - Wallace Oliveira

Este samba foi escrito pelo poeta Washington Silvestre, conhecido por muitos como o pipoqueiro que há dois anos trabalha na porta do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Praça da Liberdade, zona zul de Belo Horizonte. “Eu era gari e depois comecei a trabalhar como pipoqueiro. Mas, se não escrever, eu não vivo. Isso é o que me dá ânimo de continuar. Gosto de falar das desigualdades, do amor, dos moradores de rua, porque já morei na rua, das desilusões da vida e da dor”, conta.  
Washignton está reunindo sua produção, feita de poemas, contos e letras de samba e rap, a fim de publicar um livro e gravar um CD independente. A principal dificuldade é custear o projeto, mas, pouco a pouco, as portas se abrem: “Por ter contato com pessoas da cultura, muita gente já conhece meu trabalho, alguns jornais vieram fazer matéria. Então, em 2016, meu pensamento está virado para fazer o que eu mais gosto, que é escrever”, conclui.

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