Processos

Líder do MBL, que pede impeachment de Dilma, responde a mais de 60 processos

Renan Santos, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre, é réu em 16 ações e responde 45 processos trabalhistas

Revista Fórum |
 A Martin Artefatos de Metal, empresa da qual Ferreira dos Santos é sócio, tem 45 processos trabalhistas acumulando condenações que ultrapassam o valor de R$ 1,5 milhão.
A Martin Artefatos de Metal, empresa da qual Ferreira dos Santos é sócio, tem 45 processos trabalhistas acumulando condenações que ultrapassam o valor de R$ 1,5 milhão. - Divulgação/MBL

Um dos três coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre (MBL), entidade que está na linha de frente dos que pedem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Renan Antônio Ferreira dos Santos é alvo de pelo menos 61 processos em diferentes níveis da Justiça.

Ele é réu em 16 ações cíveis e mais 45 processos trabalhistas, de acordo com informações do Uol. Entre as acusações constam fraudes contra credores, fechamento fraudulento de empresas e calote em pagamento de dívidas trabalhistas. O imóvel onde funciona a produtora de vídeos NCE Filmes, responsável pela produção de material para o MBL, está em nome de sua irmã Stephanie Santos, e é alvo de uma ação de despejo já que o proprietário há mais de um ano pediu a devolução do imóvel.

Na área cível, os processos são de cobrança de dívidas consideradas líquidas e certas pelo Judiciário, envolvendo inadimplemento com fornecedores e empréstimos bancários não pagos, somando mais de R$ 3,4 milhões. A Martin Artefatos de Metal, empresa da qual Ferreira dos Santos é sócio, tem 45 processos trabalhistas acumulando condenações que ultrapassam o valor de R$ 1,5 milhão.

Ao Uol, o coordenador do MBL não nega as dívidas, afirmando que as mesmas decorrem da “dificuldade que existe na atividade empresarial no Brasil”. Em relação à ação de despejo, ele diz que o local não é a sede nacional do MBL, embora o endereço conste em publicações oficiais do movimento como sendo. “O MBL não tem sede. A gente usa lá, mas lá é uma produtora [a NCE Filmes]”, justifica. “A gente nunca conseguiu abrir um escritório do MBL, existe uma perseguição contra nós. A gente paga o aluguel lá absolutamente em dia, mas é apenas convidado de honra lá. Agora, teremos que achar uma nova sede.”

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