Democratização

Ceará ganha edição regional do Brasil de Fato

Tabloide semanal passará a distribuido gratuitamente a partir em julho

São Paulo |
A versão regional do jornal, que é impressa e gratuita, já tem edições no Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Paraná.
A versão regional do jornal, que é impressa e gratuita, já tem edições no Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Paraná. - Divulgação

Neste mês de maio, os cearenses ganharam uma nova e importante fonte de informação alternativa: a edição zero do tabloide Brasil de Fato Ceará, lançada no 1º de maio, Dia dos Trabalhadores, durante ato pela democracia. 

A versão regional do jornal, que é impressa e gratuita, já tem edições no Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Paraná.

A editora do Brasil de Fato Ceará, Camila Garcia, conta que a possibilidade de se constituir um semanário popular e comprometido com a democratização dos meios de comunicação no estado vem sendo discutida desde o final do ano passado. A ideia, no entanto, se consolidou em fevereiro deste ano. "Embora seja um momento muito difícil, a conjuntura política foi fortalecendo o jornal, pois reacendeu o debate de termos nossa própria mídia", disse.

Além da distribuição no ato no Dia dos Trabalhadores, o tabloide foi entregue nas filas de agências de bancos, no centro e nas principais praças da capital do estado, Fortaleza.

A edição zero foi um ensaio para a estreia definitiva do semanário, que deve passar a circular regularmente a partir de julho. A pretensão, conta Camila, é alcançar não apenas a capital, mas todo o estado com cerca de 30 mil exemplares. "É maior do que a circulação dos grandes jornais do estado", diz orgulhosa. Os maiores jornais do estado, O Povo e Diário do Nordeste têm, em média, uma tiragem de 25 mil exemplares por dia cada um.

Edição zero

Camila afirma que todos os envolvidos na construção do tabloide estão em festa com a distribuição da edição número zero que, segundo ela, teve uma boa recepção nas ruas. "Agora com o BdF Ceará, temos um instrumento da classe trabalhadora para fazer frente aos grupos de comunicação do estado, que também são concentrados como nacionalmente, também são ligados a empresas e tem relações com o agronegócio como é a expressão da mídia de massas nacionalmente. Agora temos a nossa mídia", disse.

A editora destaca a participação do estado em diversas iniciativas no cenário da contra-comunicação ou da comunicação contra hegemônica como, por exemplo, a criação da Agência de Informação Frei Tito para América Latina (Adital) em 1999 e a extinta Agência de Notícia da Esperança.

Os próximos passos, diz Camila, é constituir público e viabilizar o projeto financeiramente. "Agora vamos fazer um trabalho de agitação e propaganda para constituir um público leitor não só do nosso campo, mas para além dele também, e aproximar mais movimentos sociais e sindicatos". Hoje o jornal está em articulação com alguns movimentos populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Levante Popular da Juventude.

Na edição de estreia, o tabloide regional trouxe notícias sobre o movimento Ceará Pela Democracia, uma entrevista com o cineasta Rosemberg Cariry e uma reportagem sobre movimentos políticos das torcidas organizadas. A edição de lançamento do BdF Ceará pode ler lida aqui. Curta a página do tabloide no Facebook!

Edição: Simone Freire.

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