Cotas

MEC assina portaria para criação de cotas na pós-graduação

Iniciativa quer promover inclusão de negros, indígenas e deficientes nos programas de mestrado e doutorado

São Paulo |
Protesto de estudantes da USP
Protesto de estudantes da USP - Marcelo Camargo/ABr

O Ministério da Educação assinou na última quarta (11) a portaria que incentiva o debate de cotas na pós-graduação. A intenção é que instituições de ensino reservem vagas nos programas de mestrado e doutorado e promovam a inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência.

As cotas para a pós-graduação são debatidas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) desde 2014. A porcentagem de reserva de vagas não será estipulada, deixando as instituições e cursos com autonomia para fazê-lo. As universidades federais terão prazo de 180 dias para se adequarem à portaria.

O número de estudantes negros (soma de pretos e pardos) no mestrado e no doutorado mais que dobrou no período entre 2001 e 2013, passando de 48,5 mil para 112 mil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Quando se leva em consideração apenas estudantes pretos, o número aumenta em mais de três vezes, passando de 6 mil para 18,8 mil.

No entanto, embora representem a maior parte da população (52,9%), os estudantes negros representam apenas 28,9% do total de pós-graduandos.  O número de estudantes brancos nessa etapa de ensino também aumentou nos últimos 12 anos, passando de 218,8 mil para 270,6 mil.

*Com informações da Agência Brasil

Edição: ---