JUSTIÇA

Encontro dos movimentos populares com o Papa é encerrado com debate sobre mineração

Participantes realizam ato em solidariedade aos atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco

Mariana |
Evento foi encerrado no sábado (4)
Evento foi encerrado no sábado (4) - Lidyane Ponciano / CUT-Minas

O “Encontro Brasileiro de Movimentos Populares em diálogo com o Papa” foi encerrado no sábado (4) com um debate sobre mineração e um ato público em Paracatu de Baixo, distrito de Mariana afetado pela lama proveniente do rompimento da barragem da Samarco/Vale/BHP.

Rompimento da barragem

A barragem de Fundão, localizada em Bento Rodrigues, também município de Mariana, rompeu em novembro de 2015 liberando uma enxurrada de lama tóxica que destruiu o Rio Doce e afetou diversas comunidades, além de deixar 19 mortos.

Há sete meses do ocorrido, o que aconteceu em Mariana é, para o padre Dário Bossi, da Articulação Igrejas e Mineração, um dos grandes exemplos da falência do sistema de mineração no Brasil. “Uma das mentiras da mineração é de que ela é útil, pois produz um bem necessário. A extração de maior ou menor quantidade de minério não depende da necessidade e sim da valorização desse minério, da mais valia”, esclarece o padre.

Maria Julia Andrade, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, aponta para a tarefa que os movimentos têm de não deixar que esse crime seja esquecido. “A nossa responsabilidade é não deixar essa pauta morrer, não deixar cair na invisibilidade. É mostrar que a tragédia começou no dia 5 de novembro, mas não se encerrou, ele continua presente”, afirma.

Não esqueça Mariana

“Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em Diálogo com o Papa Francisco” foi encerrado com um ato público em Paracatu de Baixo. Aproximadamente 300 pessas – que participaram de todo o evento, inclusive do ato – prestaram solidariedade aos atingidos e se comprometeram a lutar por justiça e contra a impunidade.

Confira, na íntegra, a carta de encerramento do encontro no link https://goo.gl/FSYqiu

 

Edição: ---