calamidade pública

Calamidade em tempos de irresponsabilidade no Rio de Janeiro

População do RJ deve ficar ainda mais preocupada com o que poderá ocorrer depois de agosto com o fim das Olimpíadas

Rio de Janeiro |
Situação foi se degradando a tal ponto que os salários dos servidores públicos, da ativa ou aposentados, deixaram de ser pagos
Situação foi se degradando a tal ponto que os salários dos servidores públicos, da ativa ou aposentados, deixaram de ser pagos - Tânia Rêgo / Agência Brasil

O governador em exercício, Francisco Dornelles, de uma forma totalmente irresponsável decretou estado de calamidade pública. O Estado já vive em situação de penúria, pelo menos desde a gestão da dupla Pezão & Cabral. Quando aqui se vivia a farra do petróleo, a irresponsabilidade era rotina. E seguiu assim até os dias atuais. O fato é que o estado não se preparou para a possibilidade da baixa do preço do barril do petróleo. Não deu outra.

Cabral & Pezão jogavam para a plateia prometendo mundos e fundos, sem nenhum tipo de planejamento para uma eventualidade. Os peemedebistas só se preparavam para a eleição de outubro de 2014, neste momento reforçados pelo PP com Francisco Dornelles de vice e apoiando então o candidato Aécio Neves, do PSDB.

A situação foi se degradando a tal ponto que os salários dos servidores públicos, da ativa ou aposentados, deixaram de ser pagos. E por intervenção da justiça o Governo do Estado foi obrigado a cumprir a obrigação, mas mesmo assim pagando de forma parcelada.

E agora Dornelles decidiu baixar o decreto de calamidade pública, não para pagar os servidores ou melhorar os serviços de saúde, mas para conseguir dinheiro para as obras em andamento para os Jogos Olímpicos.

O governo golpista de Michel Temer, tão ou mais irresponsável que os responsáveis pelo estado de penúria no Estado do Rio, cedeu o pedido de imediato, não escondendo que o fazia para evitar o “vexame” internacional nas Olimpíadas.

Mas a população do Estado propriamente dita deve ficar ainda mais preocupada com o que poderá ocorrer depois de agosto com o término das Olimpíadas. As perspectivas são realmente sombrias. O Estado estará em recesso, inclusive a Assembleia Legislativa. A saúde poderá ficar ainda pior do que está atualmente e os servidores podem ter a situação agravada. Até porque nada está sendo planejado para depois de agosto.

E no meio de toda a irresponsabilidade vem o prefeito Eduardo Paes, do PMDB, dizendo que tudo na sua gestão está em ordem. Será? Ou tudo não passaria de discurso de antevéspera de eleição?

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