Direitos

Contra governo interino, centrais sindicais marcam ações para a próxima terça (19)

Dirigentes articulam manifestação conjunta, em São Paulo, contra juros e desemprego

Rede Brasil Atual |
Em dezembro, trabalhadores e empresários aprovaram Compromisso pelo Desenvolvimento, apresentado a Dilma
Em dezembro, trabalhadores e empresários aprovaram Compromisso pelo Desenvolvimento, apresentado a Dilma - Roberto Parizotti/SECOM/CUT/FOTOS PÚBLICAS

As seis centrais sindicais reconhecidas formalmente farão um ato conjunto, o primeiro no governo interino, na próxima terça-feira (19), na Avenida Paulista, em São Paulo, contra os juros e o desemprego. As entidades também articulam uma plenária uma semana depois (26), também na capital paulista, com a presença de representantes das 27 unidades da federação, que devem aprovar um manifesto em defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

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O ato do dia 26, por sinal, será realizado no mesmo local (na Liberdade, região central de São Paulo) onde, em dezembro, trabalhadores e empresários aprovaram um documento chamado Compromisso pelo Desenvolvimento, apresentado à presidenta Dilma Rousseff, propondo várias medidas para retomada do crescimento. As atividades das próximas semanas foram definidas durante reunião realizada ontem (13), na sede do Dieese, com representantes de CSB, CTB, CUT, Força Sindical e UGT – a Nova Central não participou, mas já manifestou concordância.

Os dirigentes procuram se unir em torno de bandeiras comuns, já que na política têm caminhado em linhas distintas. A CUT e a CTB não reconhecem o governo Temer, que consideram ilegítimo, enquanto o presidente da Força e do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, é um dos líderes do movimento pelo impeachment. Mas Paulinho tem participado de articulações ao lado das demais centrais. Na semana passada, por exemplo, foi a uma reunião no Dieese para discutir o projeto sobre custeio sindical, aprovado em comissão especial da Câmara com apoio dos dirigentes.

Na avaliação dos sindicalistas, a ameaça de perda de direitos reforça a necessidade de movimentos unitários, ainda que haja divergências políticas. As conversas já vinham acontecendo, e o discurso do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, sobre jornada de trabalho, reforçou essa percepção. No mesmo dia, as centrais divulgaram nota de repúdio.

Na terça que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faz sua segunda reunião sob o governo interino. Os sindicalistas farão passeata pela Avenida Paulista até a sede do BC em São Paulo.

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