Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Opinião

Recolher a fala e o ato: 25 de julho é dia internacional da mulher negra

Hoje é 25 de julho, dia da mulher negra latino-americana e caribenha. Data de resistência e luta

25.jul.2016 às 10h28
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h36
Belo Horizonte
Andréia Roseno
Andreia: Com a energia das yabás, somos as mulheres do projeto popular

Andreia: Com a energia das yabás, somos as mulheres do projeto popular - Andreia: Com a energia das yabás, somos as mulheres do projeto popular

A voz de minha filha / recolhe todas as nossas vozes / recolhe em si / as vozes mudas caladas / engasgadas nas gargantas / A voz de minha filha / recolhe em si / a fala e o ato. (Vozes – Conceição Evaristo)

Hoje é 25 de julho, dia da mulher negra latino-americana e caribenha. Data de resistência e luta. Diferentemente do 8 de março que também é de luta, mas que a sociedade do consumo insiste em atestá-lo como data mercadológica.  Hoje, diante da hipocrisia desta sociedade racista não receberemos botões de rosa, que geralmente são brancas e vermelhas. As flores que nos dão diariamente são os crisântemos que muitas mulheres negras colocam sobre o caixão dos seus filhos e filhas mortos por esta sociedade capitalista racista e patriarcal.
No Brasil, os resquícios coloniais impõem sobre as mulheres negras um determinado padrão de como enfrentar a vida. Somos chamadas de fortes, mas assim somos não porque queremos e sim porque temos que ser.
Nos últimos dias nas redes sociais lançou-se uma campanha em que as mulheres relatam as vivências como empregadas domésticas. Os relatos é a constatação do racismo brasileiro. Outro fato revoltante foi a publicação de um vídeo onde a gerência de um certo estabelecimento comercial grava uma mulher negra trabalhando e a chama de escrava.  Quando esses casos e outros saem na rede social se trata da ponta do iceberg da condição em que vive o povo negro no Brasil, em especial as mulheres. Pelas estatísticas oficiais o racismo é funcional para a sociedade capitalista e faz parte do seu mecanismo de reprodução perdurar, naturalizar e perpetuar as opressões nas relações sociais a fim de manter os privilégios da classe burguesa.
A marginalização que essa sociedade nos causou e nos causa devido a sua estrutura persiste em ser um dos atos mais cruéis que lidamos no dia a dia. Temos nossos corpos violados e propagandeados como objetos sexuais e ao mesmo tempo somos sujeitadas a uma solidão impositiva que nos marca como fel. Sendo que, com o tempo, a digestão dessa solidão vai nos tirando o sorriso, mas, ainda assim, exigem que sejamos dispostas e sorridentes. Mas, falar sobre como o racismo e o machismo nos afeta subjetivamente é considerado muitas vezes “mimimi”.
Contudo, ainda temos uma rebeldia criadora vinda do fundo das nossas entranhas que perpassa pela nossa ancestralidade e grita pulsante no interior de nossas periferias. Somos as mulheres que afronta essas mazelas e estamos dizendo em palavras e ações que não aceitaremos mais esse lugar e esse papel determinado tal como um contrato pré-nupcial. Estamos rompendo com esse sistema.
No ano passado construimos a Marcha Nacional das Mulheres Negras, um marco histórico no enfrentamento ao racismo no Brasil. Este ano as negras e negros estão nas ruas pela democracia e denunciando o golpe contra o povo brasileiro.
Neste dia 25 de julho, nós mulheres negras brasileiras nos solidarizamos com a presidenta Dilma e com os punhos cerrados e erguidos gritamos #FORATEMER! Vamos para as ruas nos amando #SEMTEMER.
Recolher a voz e o ato é a última estrofe do poema Vozes da escritora mineira Conceição Evaristo.  Recolhendo a voz e o ato para explodir rebeldia matinal em cada canto desse país.  Somos as filhas herdeiras de Nzinga, Thereza de Benguela, Luiza Main, Negra Zeferina, Lélia Gonzáles, Carolina de Jesus, Clementina de Jesus e tantas Marias.
Somos mulheres negras latino-americanas e caribenhas e não tememos a morte. Com a energia das yabás, somos as mulheres do projeto popular. Somos fogo no pavio! Até a vitória!

*Andréia Roseno é militante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Minas Gerais (FETRAF-MG) e da Consulta Popular.

 

 

Editado por: Redação
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

CULTURA

Em BH, exposição feita por mulheres com trajetória de rua escancara violência e invisibilização

32ª eleição

285 deputados e 24 governadores: o que está em disputa nas eleições regionais da Venezuela 

DENÚNCIA

Moradores de comunidade tradicional afetada por conflito agrário no oeste da Bahia são presos ao chegar no Rio de Janeiro

PODCAST

🎧 Acompanhe o podcast Visões Populares e fique por dentro da política, cultura e lutas populares de MG e do Brasil

Vitória de instituto

Movimento negro conquista mecanismo próprio para discussão racial na ONU

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.