São Paulo

Após pressão de deputados da oposição, CPI da merenda escolar libera documentos

Parlamentares reclamaram por mais de uma hora do controle de acesso aos documentos recebidos na investigação

Rede Brasil Atual |
Parlamentares realizam primeira reunião da CPI após o recesso parlamentar do mês de julho
Parlamentares realizam primeira reunião da CPI após o recesso parlamentar do mês de julho - Twitter/Reprodução

Na retomada dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga superfaturamento, desvio de recursos e pagamento de propina em contratos da merenda escolar do estado, os deputados de oposição ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) protestaram nesta quarta - feira (3), na Assembleia Legislativa, contra o controle de acesso aos documentos recebidos pela comissão . "É um absurdo. É mais uma forma de cercear os trabalhos desta comissão. Nós não podemos ter o acesso limitado", disse o deputado Alencar Santana (PT). Depois de uma hora de bate-boca, o presidente da CPI, deputado Marcos Zerbini (PSDB), liberou o acesso dos parlamentares à documentação.

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Zerbini disse que a origem dos documentos encaminhados pela Corregedoria Geral da Administração é sigilosa e, por essa razão, estão em computadores instalados em uma sala com acesso controlado, no setor de documentação da Assembleia.

Alencar Santana reclamou que não pôde acessar os documentos no recesso parlamentar, sob argumento de que a consulta privilegiaria os deputados que ficam na capital contra os que voltam ao interior do estado.

Nesta quarta-feira, os parlamentares realizam a primeira reunião após o recesso parlamentar do mês de julho e devem aprovar o plano de trabalho apresentado pelo relator da CPI, deputado Estevam Galvão (DEM). Entre vários itens, propõem a convocação de dirigentes da Cooperativa Orgânica da Agricultura Familiar (Coaf).

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Também são convidados, não tendo obrigação de comparecer à reunião, o ex-secretário da Educação Herman Voorwald, os funcionários do governo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, o 'Moita', ex-chefe de gabinete da Casa Civil do tucano, Fernando Padula, ex-chefe de gabinete da Secretaria Estadual da Educação, e o presidente da Corregedoria-Geral, Ivan Francisco Pereira Agostinho.

O plano de trabalho também pretende corrigir o erro cometido na reunião do dia 28 de junho, que solicitou os documentos da Operação Alba Branca à justiça estadual, sendo que, 25 dias antes, estes já haviam sido enviados para a Justiça Federal.

A CPI é formada pelos deputados Zerbini e Barros Munhoz (PSDB), Alencar Santana (PT), Estevam Galvão (DEM), Adilson Rossi (PSB), Jorge Caruso (PMDB), Gilmaci Santos (PRB), Coronel Camilo (PSD) e Delegado Olim (PP). Oito dos nove membros fazem parte da base aliada do governo Alckmin.

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