No primeiro semestre de 2016, agentes policiais em momento de folga mataram 115 pessoas, o maior número registrado nos últimos 11 anos. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e foram levantados pelo portal G1 e pelo Fórum Brasileiro de Segurança de Pública.
Em 2006, quando ocorreram os crimes de maio, a reação da polícia a supostos ataques do PCC, 47 pessoas foram mortas por policiais que estavam de folga no primeiro semestre. O número para o mesmo período de 2016, portanto, representa 2,5 vezes mais.
Por outro lado, o número de mortes de policiais em folga foi menor em 2016 em comparação com 2006. Naquele ano, 61 agentes foram mortos; neste, foram 37, o que representa 32% dos mortos por policiais.
As mortes analisadas não são registradas como homicídio, sendo consideradas pela SSP como "reação" ou "oposição à intervenção policial", categoria criada justamente em 2006. Os dados apontam um crescimento constante desta taxa a partir de 2010.
Resposta
A SSP respondeu em nota à reportagem do G1 que a secretaria “vem desenvolvendo ações para reduzir a letalidade policial, seja em folga ou em serviço, que resultaram na queda de 10,24% das mortes decorrentes de intervenção policial militar e civil no primeiro semestre de 2016 em comparação com o mesmo período de 2015”.
A nota também diz que “a atuação da polícia de São Paulo se dá estritamente dentro dos limites da lei”.
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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