Repercussão

Polícia dispersou marcha pacífica, diz Reuters; imprensa repercute repressão da PM

Um repórter da rede britânica BBC que cobria manifestação em São Paulo contra governo de Temer conta ter sido agredido

Opera Mundi |
Ato contra governo de Temer ne Av. Paulista em SP.
Ato contra governo de Temer ne Av. Paulista em SP. - Brasil de Fato

Veículos de comunicação repercutem, nesta segunda-feira (05), a repressão da Polícia Militar ocorrida no final da manifestação contra o governo de Michel Temer neste domingo (04) em São Paulo (SP).

De acordo com a agência Reuters, “a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar milhares de manifestantes no final de uma marcha pacífica para protestar contra a destituição da [agora ex] presidente de esquerda Dilma Rousseff na semana passada em um julgamento de impeachment”.

Segundo a Reuters, os organizadores afirmaram que 50 mil pessoas foram às ruas contra o governo de Michel Temer, incluindo famílias com crianças.

Um repórter da rede britânica BBC, que cobria a manifestação, foi agredido por policiais e registrou em vídeo o episódio.

Segundo o jornalista Felipe Souza, após a dispersão dos manifestantes a polícia começou a jogar bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral e a disparar tiros de bala de borracha pelas ruas do bairro de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.

Ele diz que, mesmo identificado com colete e crachá da emissora, foi atingido por golpes.

“'Sai da frente! Vaza, vaza!’, diziam ao menos quatro policiais pouco antes de me atingir com golpes de cassetete no antebraço direito, na mão esquerda, no ombro direito, no peito e na perna direita. Um deles ainda me chamou de lixo, mas o áudio do vídeo que fiz não captou”, diz Souza na matéria.

De acordo com a agência Ansa, a Polícia Militar disparou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e muita água nos manifestantes. “Sem dizer qual foi a razão para que isso ocorresse, a Polícia Militar dispersou os manifestantes que já estavam se preparando para ir embora do Largo da Batata, na zona oeste da cidade”, diz o texto.

matéria diz também que “as bombas assustaram muitas pessoas”, dentre as quais um homem de 90 anos que havia ido pela primeira vez a uma manifestação.

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