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Assentamento do MST no Pará lança campanha para abastecimento de água

O Sistema Agroecológico de Produção Orgânica visa a produção de alimentos mais saudáveis e troca de conhecimento

Belém (PA) |
Arte da campanha “Água para o S.A.P.O”
Arte da campanha “Água para o S.A.P.O” - Reprodução

O Sistema Agroecológico de Produção Orgânica (S.A.P.O) lançou nesta semana a campanha “Água para o S.A.P.O”, que tem como objetivo arrecadar recursos para garantir o abastecimento de água.

A base do sistema é utilizar os princípios da agroecologia e vem sendo desenvolvida desde 2011 por duas famílias que vivem no Assentamento João Batista, localizado em Castanhal (PA). Atualmente, o sistema não conta com uma fonte hídrica que abasteça os agricultores e as agricultoras do lote.

Sebastião Lopes, mais conhecido como Sabá, de 58 anos, explica que as duas famílias decidiram utilizar os princípios da agroecologia no plantio com o intuito de diminuir o impacto da agricultura familiar na natureza.

Para ele, a agroecologia não é somente uma técnica, mas também um modo de vida e uma bandeira de luta. “É um desafio que estamos enfrentando, e com essas experiências, estamos produzindo alimentos saudáveis, sem uso do agrotóxico, recuperando tudo aquilo o latifúndio ignora”, afirmou.

Troca de Saberes

O S.A.P.O é também um espaço de produção cientifica. Muitos alunos da universidade e do ensino fundamental vão ao assentamento para conhecer o sistema e, a partir desse contato, partilhar conhecimento.

André Rocha, que faz parte da equipe de produção do MST-PA, conta que o assentamento João Batista foi o primeiro na região do nordeste paraense e que fica próximo da capital. A ocupação foi feita em 15 de novembro de 1998.

Nele, há cerca de 147 famílias assentadas. Baseado no modelo de agrovila centralizada, com escola e lotes de produção separados, o assentamento fica a 24 quilômetros do centro de Castanhal.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

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