Brexit

Reino Unido vai iniciar processo de saída da UE no começo de 2017, diz chanceler

Boris Johnson não detalhou negociações do processo, mas disse que Londres pode não precisar do prazo máximo de dois anos

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 Boris Johns disse que Reino Unido deve dar início a processo de saída da UE em 2017
Boris Johns disse que Reino Unido deve dar início a processo de saída da UE em 2017 - Andrew Parsons/I-images

O ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, afirmou nesta quinta-feira (22), em entrevista à emissora inglesa Sky News, que o país invocará o Artigo 50, para dar início à saída da União Europeia, em 2017. Em junho, um referendo no Reino Unido decidiu pela saída do país do bloco, em um processo que ficou conhecido como Brexit.

“No começo do ano vocês verão uma carta de invocação do artigo 50, e nessa carta tenho certeza de que estaremos estabelecendo alguns parâmetros sobre como queremos levar isso a frente”, disse o chanceler em Nova York, onde se encontra por conta da Assembleia Geral da ONU.

Uma vez invocado o artigo 50 e tendo informado o Conselho Europeu sobre sua saída definitiva do bloco, o Reino Unido tem até dois anos para negociar os termos do desligamento.

Johnson, porém, espera concluir o processo antes disso. “Eu não acho que nós precisaremos necessariamente gastar dois anos [para as negociações]. Mas veremos como as coisas ocorrerão”, afirmou.

O ministro britânico não entrou em detalhes sobre como será feita a saída do Reino Unido, mas disse que os acordos comerciais com a União Europeia devem continuar, por ser do interesse do bloco.

“Nós iremos nos beneficiar de oportunidades fantásticas para aumentar o livre comércio com nossos amigos da UE. É enormemente do interesse deles. Não só nós compramos mais carros alemães do que qualquer outro país, como bebemos mais vinho italiano do que qualquer outro país na Europa. Eles não vão colocar isso em risco”, afirmou.

O anúncio de Boris Johnson retoma um comentário feito no sábado (17/09) pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Segundo ele, a premiê britânica, Theresa May, teria lhe dito que queria invocar o artigo 50 em janeiro ou fevereiro do próximo ano.

Na ocasião, o governo do Reino Unido afirmou que o comentário de Tusk era apenas sua “interpretação” do encontro que ele teve com May.

 

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