Luta por moradia

MTST consegue trégua em ameaça de despejo de ocupação na CIC, em Curitiba

Decisão é resultado de reunião realizada na tarde desta segunda-feira (26), no Palácio das Araucárias

Curitiba (PR) |
Cerca de 250 famílias estão no local desde então, a maioria vinda de bairros vizinhos, sem condições de arcar com os preços dos alugueis
Cerca de 250 famílias estão no local desde então, a maioria vinda de bairros vizinhos, sem condições de arcar com os preços dos alugueis - Isabella Lanave

A ameaça de despejo à ocupação ‘Dona Cida’, localizada na vila Sabará, Cidade Industrial de Curitiba (CIC), dá uma trégua até esta sexta-feira (30). A decisão é resultado de reunião realizada na tarde desta segunda-feira (26), no Palácio das Araucárias, sede do governo estadual. 

Participaram do encontro representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Paraná (MTST-PR), da Assessoria Especial para Assuntos Fundiários do governo do estado, da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (COHAB), da Polícia Militar, do Ministério Público do Paraná, além dos proprietários de um dos terrenos ocupados. A próxima reunião ficou agendada para sexta-feira, na COHAB. 

“A ideia é todo mundo sair bem da situação, sem despejo forçado e esgotando todas as possibilidades de negociação”, garante Fernando Marcelino, um dos coordenadores do movimento. Ele explica que a liminar de despejo ainda está de pé, mas que, diante das negociações, a intenção é que nesta semana seja possível reverter a decisão. A PM chegou a descrever como será a operação de despejo, caso seja executada.

O mandado de reintegração de posse foi expedido no dia 17 de setembro pela juíza Beatriz Fruet de Moraes, dois dias após a ocupação da área. Cerca de 250 famílias estão no local desde então, a maioria vinda de bairros vizinhos, sem condições de arcar com os preços dos alugueis.

As famílias ocupam uma área que está dividida em duas propriedades, uma delas de Bernardo e Otília Biernaski, que estavam na reunião realizada nesta segunda-feira. A outra é de Antonio Nowak, que ainda não reivindicou a propriedade.

Edição: Ednubia Ghisi 

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