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TRAGÉDIA DE MARIANA

Samarco planeja estocar rejeitos em cima de destroços de Bento Rodrigues

Empresa construirá dique que alaga pelo menos metade da comunidade atingida pela barragem

30.set.2016 às 13h54
Belo Horizonte
Rafaella Dotta
Ao fundo, obras do dique S4, da Samarco/Vale/BHP Billiton

Ao fundo, obras do dique S4, da Samarco/Vale/BHP Billiton - Ao fundo, obras do dique S4, da Samarco/Vale/BHP Billiton

Após ser vítima da maior tragédia ambiental do país, o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, será novamente coberto por rejeitos de minério. A denúncia do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) é de que não há limite claro para o alagamento a ser feito com o dique S4, obra da empresa para estocar lama em cima de Bento Rodrigues. A Samarco, de propriedade da Vale e BHP/Billiton, alega urgência e risco de segurança com época de chuvas. 
O rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, trouxe à Samarco o impasse de como estocar os rejeitos de anos de exploração da mina Germano. O local já possui três diques, que retêm 2,16 milhões de m³. Com o dique S4, a mineradora passaria a ter 1 milhão de m³ a mais em sua capacidade de armazenamento. Esse volume, segundo a Samarco, é necessário para garantir que as barragens ou diques não se rompam durante a época chuvosa. 
O enterro de Bento
A área a ser alagada corresponde a 55 propriedades e atinge patrimônios culturais como a Estrada Real, os vestígios de um muro arqueológico, um muro colonial e a Capela de São Bento, do século XVIII. Capela e cemitério terão de ser protegidos por um tapume, segundo a mineradora. Além disso, o dique impossibilita que pessoas e visitantes cheguem pela estrada convencional até a comunidade, que se tornou um “museu da tragédia”.
Uma das proprietárias do terreno onde a empresa faz a obra, Lucimar Muniz, é crítica ao empreendimento e afirma que moradores de Bento também são. “Permitir a construção do dique S4 é compactuar com esse crime contra uma comunidade que merece ter sua memória viva”, declara.
Letícia Oliveira, integrante da coordenação do MAB, lembra que o dique S3 passou por alteamento – aumento do muro para aumentar a capacidade – e que o dique S4 corre perigo de sofrer o mesmo processo. “Se altear o dique S4, o que não é difícil, todo o Bento Rodrigues vai ficar embaixo d’água”, alerta.

Irregular desde o princípio
A mineradora iniciou a construção em junho deste ano, quando foi flagrada pela Polícia Militar do Meio Ambiente. A empresa desmatou, perante o derramamento de minério, cerca de mil hectares de floresta de áreas de conservação ambiental. A atitude rendeu multa de R$ 6 milhões à Samarco, mas moradores denunciam que as obras continuaram.
Governo de Minas dá carta branca para mineradora
Mesmo com as manifestações de moradores e movimentos, o governo estadual emitiu em 21 de setembro a desapropriação dos terrenos e a autorização para construir do dique, por meio de decreto. Em nota, o governo admite que o licenciamento ambiental não existe e que será feito posteriormente, de forma “corretiva”. Em contraposição, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) continua cobrando postura mais ativa da empresa para reparar os estragos que causou.
O promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, do MPMG, avalia que a urgência do dique S4 se deve à incapacidade da mineradora em ter feito a remoção da lama. Segundo ele, os rejeitos não foram retirados nem mesmo dos pontos principais, que vão da barragem de Fundão à barragem de Candonga, a 100 km de Mariana. 
“Plantar graminha em cima da lama não vai resolver o problema”, diz o promotor, criticando a falta de planos de recuperação ambiental por parte da empresa. “A questão é onde estocar os rejeitos. Porém, a Samarco não priorizou esses estudos, mas estava preocupada com a volta do seu funcionamento”, diz. A empresa continua proibida de realizar exploração de minério no local. 

Marcha de Regência a Mariana

Os atingidos realizarão uma marcha para lembrar o primeiro aniversário do crime. Eles saem de Regência (ES) no dia 31 de outubro e devem chegar a Mariana (MG) no dia 2 de novembro, em ação organizada pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB). Nos dias 3 e 4, ficam reunidos em Mariana, onde serão promovidos debates sobre os motivos do rompimento da barragem. No dia 5, está previsto um ato público com o lema “Bento Rodrigues pertence aos moradores e não à Samarco”.

A penúltima reza
O repórter Daniel Camargos e o fotógrafo Alexandre Guzanshe estiveram em Bento Rodrigues no dia 24 e acompanharam a celebração de Nossa Senhora das Mercês no que restou do distrito de Bento Rodrigues. Apesar da decisão do governo mineiro de alagar parte da área para a construção do dique S4, os atingidos deixam claro que vão brigar por sua história. “Vamos lutar até o final. Até a última gota de sangue. Não vamos deixar isso aqui acabar nunca”, garante Cristiano José Sales, um dos organizadores da celebração. Se depender deles, essa não terá sido a última reza.    
Confira a reportagem completa aqui.

 

Editado por: Redação
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