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Pesca

Crivella “inaugurou” obra de R$ 10 milhões que não funciona em Niterói

Terminal Pesqueiro Público do Rio não funcionou um dia sequer desde inauguração em 2013

18.out.2016 às 18h03
Rio de Janeiro (RJ)
Vivian Virissimo
Marcelo Crivella discursa na "inauguração" do terminal fantasma: "Perspectiva gloriosa"

Marcelo Crivella discursa na "inauguração" do terminal fantasma: "Perspectiva gloriosa" - Marcelo Crivella discursa na "inauguração" do terminal fantasma: "Perspectiva gloriosa"

Ex-ministro da Pesca e da Aquicultura, o candidato à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (PRB) não deixou uma boa impressão para a comunidade pesqueira da Baía de Guanabara. O que seria a principal obra de sua gestão no estado está abandonada desde que foi “inaugurada” em dezembro de 2013. O Terminal Pesqueiro Público do Estado do Rio custou aos cofres públicos R$ 10 milhões e não foi usado um dia sequer por pescadores.

O evento da suposta abertura do terminal contou com discurso do então ministro Crivella: “Agora o pescador têm um endereço em Niterói, que é este importante terminal que estamos inaugurando”, disse no dia 16 de dezembro de 2013. “Esse terminal pesqueiro é uma pequena parcela de tudo o que vai ocorrer. Nós já estamos vendo no horizonte a perspectiva gloriosa de Niterói”, afirmou o então ministro.

Se estivesse funcionando, o terminal teria capacidade para atender a uma movimentação de 25 toneladas por dia. Pescadores poderiam não só desembarcar o produto, mas também comercializar o pescado no local. O ministério estimava que mais de 15 mil pescadores fossem beneficiados.

Jorge Nunes de Souza, conhecido como Seu Chico, de 61 anos, seria um desses beneficiados e lamenta que o terminal tenha ficado às moscas. “O local está totalmente abandonado, nem vigias trabalham mais. Quando passo por lá fico com o sentimento que dinheiro público foi jogado fora. Mais do que uma falta de planejamento, isso é falta de respeito com os pescadores”, disse Seu Chico, que é presidente da Associação de Pescadores e Amigos da Praia de Itaipu.

Seu Chico conta que o movimento de pescadores não foi ouvido sobre a construção do terminal e que o projeto não teve planejamento adequado. “Os ministros não nos escutaram, aí criaram esse elefante branco que a população local não usa. As pessoas que planejaram não sabiam o que estavam fazendo, não pensaram nem como os barcos entrariam ali”, protesta.

No Canal de São Lourenço, que dá acesso à área de desembarque do terminal, há dezenas de carcaças naufragadas que impedem a livre circulação de barcos. O próprio ministério, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA) e com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), chegou a mapear 52 carcaças de embarcações abandonadas no canal. Para o pleno funcionamento do terminal também seria necessária a dragagem do local.

“Têm muitas embarcações naufragadas no fundo do mar, além de pedras. Seria necessário fazer uma limpeza muito grande para esse lugar poder funcionar, e isso custaria muito dinheiro. Dizem que cerca de R$ 600 mil por embarcação”, comenta Seu Chico, que contou que os pescadores chegaram a alertar o ministro Crivella sobre esse problema na época. Eles sugeriram que o terminal fosse construído no Centro de Niterói ou na região do Gradim, próximo ao Shopping São Gonçalo, para facilitar o escoamento da produção de pescado.

Alexandre Anderson, presidente da Associação dos Homens e Mulheres do Mar (AHOMAR), também denuncia que o projeto do terminal não foi pensado para beneficiar o conjunto da comunidade pesqueira da Baía de Guanabara. “O Terminal de Niterói fica em um local longe e de difícil acesso para o maior quantitativo de pescadores da Baía de Guanabara que atuam na Ilha do Governador, em Magé, Itaboraí, São Gonçalo e Ramos”, explicou o pescador de 46 anos. “O dinheiro foi todo embora, essa obra foi feita a toque de caixa para ser inaugurada pelo ministro Crivella. Prova disso é que estava prevista uma estação de beneficiamento de pescado, que necessitaria de água potável abundante, algo que não existe naquela região. Aquilo, na real, foi uma obra política”, completa Alexandre.

O vereador de Niterói Leonardo Giordano (PC do B) disse ter a intenção de realizar uma audiência pública com autoridades e pescadores para debater o tema. “Estou em contato com o movimento de pesca, principalmente de Itaipu, e essa é uma reivindicação antiga. O terminal foi prometido e inaugurado e os pescadores lamentam que não esteja funcionando”.

Outro lado

Procurado pelo Brasil de Fato, Crivella explicou que ainda seriam necessários R$ 300 milhões para a conclusão da dragagem do canal. “O governo entrou em crise, a licença ambiental teve que ser refeita, a dragagem esbarrou em outros problemas. Muitas vezes planejamos um projeto achando que teoria e prática são a mesma coisa. No papel, tudo funciona. Na prática, há imprevistos.”

Segundo Crivella, houve dificuldade na localização dos donos dos barcos e problemas com licenças. "A expectativa é que a licença esteja autorizada pelo Inea no começo de 2017 para o início da dragagem”, prometeu.

O ex-ministro também negou que tenha negligenciado o alerta dos pescadores sobre os problemas que inviabilizam o funcionamento do terminal. “Discutimos todas as demandas da categoria. Mas não posso atravessar o trabalho dos órgãos ambientais”.

Responsável pela retirada das embarcações, o Inea não se pronunciou até o fechamento desta matéria.

Edição: José Eduardo Bernardes

 

Editado por: Redação
Tags: crivella
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