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Mídia

O direito à comunicação em meio a greves e ocupações

Grandes grupos econômicos e políticos ligados a Richa controlam a maior parte das empresas de comunicação no Paraná

20.out.2016 às 18h37
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h37
Curitiba
Diangela Menegazzi
O início da greve aqui no Paraná coincidiu com o início da Semana Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação, de 17 a 23 de outubro, dando um tom ainda mais simbólico à luta contra o monopólio e pela diversidade de vozes na mídia

O início da greve aqui no Paraná coincidiu com o início da Semana Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação, de 17 a 23 de outubro, dando um tom ainda mais simbólico à luta contra o monopólio e pela diversidade de vozes na mídia - O início da greve aqui no Paraná coincidiu com o início da Semana Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação, de 17 a 23 de outubro, dando um tom ainda mais simbólico à luta contra o monopólio e pela diversidade de vozes na mídia

O dia 17 de outubro foi marcado pelo início da greve de policiais civis, professores e servidores de escolas e universidades públicas estaduais do Paraná. Quem assistiu às notícias veiculadas ao longo do dia nos telejornais da RPC, emissora afiliada à Rede Globo aqui no Estado, foi informado de que os trabalhadores estariam prejudicando milhares de paranaenses, entre eles, estudantes às vésperas de prestar vestibular, encerrar o ano letivo ou fazer a prova do Enem. Não é surpresa para trabalhadores em greve que este tipo de recorte ganhe a narrativa jornalística dentro dos grandes veículos de comunicação.

No dia 15 de outubro, Dia do Professor, o jornal Gazeta do Povo, maior impresso do Estado, publicou o editorial “A greve e a intransigência”. O texto taxou a categoria de “intransigente”, devido ao fato de os trabalhadores terem decidido entrar em greve mesmo com a decisão do governo de adiar a votação da emenda de não pagamento do reajuste. Beto Richa enviou o texto à Assembleia Legislativa sem consulta prévia e rompendo o acordo que fizera com a categoria em 2015, durante a greve marcada pelo 29 de abril.

Na manhã do dia 17, a entrevista da RPC com o presidente da APP Sindicato, Hermes Leão, demonstrou, coincidentemente, a mesma predisposição em jogar para cima dos trabalhadores toda a responsabilidade da greve. As três perguntas feitas ao sindicalista corroboraram com a narrativa do editorial impresso. Na televisão, a derradeira questão foi: “Essa greve não vai prejudicar os estudantes?”.

Diferente seria a notícia se a pergunta para falar do prejuízo aos estudantes fosse feita ao governador Beto Richa, que claramente descumpriu um acordo de negociação e colocou a categoria na situação em que a única escolha a ser tomada foi a da resistência. Diferente seria a notícia se uma das perguntas direcionadas ao presidente da APP colocasse em questão a difícil decisão posta aos trabalhadores de novamente confiar ou não na palavra de um governo que não cumpre com a sua palavra.

O GRPCOM, dono da RPC e de outras dezenas de veículos de comunicação, entre eles o jornal Gazeta do Povo, os portais G1 e Tribuna PR – Paraná Online e as rádios 98 FM e Mundo Livre, se configura como um grande latifúndio da comunicação no Estado.

Para além dos veículos comerciais, vale citar aqui o papel pífio que a Rádio e Televisão Educativa do Paraná, batizada pelo atual governo de É-Paraná, desempenha na comunicação de assuntos como a greve, não passando de uma divulgadora dos atos do Governo do Estado. Desde o dia 3 de outubro, data que marca o início das ocupações das escolas por estudantes contrários à PEC 746, a televisão não tem feito mais do que divulgar a posição oficial do governo, num claro desrespeito ao caráter público da emissora.

A esse cenário, soma-se o chamado coronelismo eletrônico, onde políticos e seus familiares detêm concessões de rádio e televisão, em total desrespeito ao artigo 54 da Constituição Federal, que proíbe tal prática. Para citar apenas dois casos simbólicos no Paraná: o da vice-governadora Cida Borghetti e o do secretário de estado Ratinho Júnior.

Por tudo isso, o direito à comunicação, no Brasil e outros países da América Latina, passa necessariamente pela democratização do sistema de radiodifusão. Isso porque enquanto a possibilidade de produzir massivamente informações continuar nas mãos de poucas famílias, políticos e grupos econômicos, a discrepância no espaço dedicado e no recorte feito pelos grandes veículos a uns e outros atores sociais, para falar do básico, continuará o mesmo.

O início da greve aqui no Paraná coincidiu com o início da Semana Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação, de 17 a 23 de outubro, dando um tom ainda mais simbólico à luta contra o monopólio e pela diversidade de vozes na mídia. A semana de luta é uma iniciativa do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que, em 2016, completa 25 anos de atuação.

Entre as ações, está o lançamento da campanha "Calar Jamais", iniciativa que tem o objetivo de denunciar uma série de violações à liberdade de expressão. Da violência contra comunicadores e do desmonte da comunicação pública ao cerceamento das vozes dissonantes dentro e fora das redações, a campanha contará com uma plataforma virtual para receber e apurar as mais diversas denúncias desse tipo. O resultado será amplamente divulgado e enviado para as autoridades competentes – dentro e fora do Brasil.

Para saber mais sobre a campanha acesse www.paraexpressaraliberdade.org.br

Diangela Menegazzi é integrante do Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindjor/PR) e da Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex/PR) 

 

Editado por: Redação

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