Educação

Servidores da UnB deflagram greve contra a PEC 241

Segundo o sindicato, a proposta fere os direitos dos trabalhadores e ameaça os direitos sociais

Da Revista Fórum |
Protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, contra medidas do governo Temer
Protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, contra medidas do governo Temer - Reprodução

Os servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) paralisam suas atividades a partir de hoje (24). A greve, aprovada em assembleia na quinta-feira (20), é contra o Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que vai congelar os investimentos em saúde e educação por 20 anos.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), a proposta fere os direitos dos trabalhadores e ameaça os direitos sociais. Para educação e saúde, a regra começa a valer em 2018, usando o parâmetro de 2017. A mudança foi incluída no relatório feito pelo deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), relator da proposta na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

Para o coordenador do Sintfub Mauro Mendes o movimento de greve foi construído e é resultado da luta organizada dos trabalhadores e do Sintfub. “Já estivemos em várias plenárias trabalhando a proposta do indicativo de greve com os servidores. Vale ressaltar que essa greve é contra essa medida desastrosa do governo”, disse.

Mendes afirma ainda que o objetivo é mobilizar a categoria para buscar seus direitos. ”Não adianta só votar a greve e ficarem em seus departamentos, o momento de lutar é esse, não dá para ficar esperando os ataques implementados pelo governo”, ressaltou.

Mendes completa dizendo que “a discussão envolve a reforma da previdência e dos direitos trabalhistas, e vai atingir todos os servidores públicos e todos setores produtivos do nosso país”.

Para o coordenador geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Rogério Marzola, a proposta reduzirá as verbas da saúde e da educação.

“A PEC 241/16, arrebenta com os servidores públicos e a sociedade. A proposta é que em 20 anos todas as verbas da saúde, educação e saneamento básico só cresçam de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), isso na prática significa uma redução nos valores do Produto Interno Bruto (PIB), que estão sendo gastos com a saúde e educação que já são precários”, disse.

Foto de Capa: Roberto Parizotti/CUT

*Com informações da Agência Brasil

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