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Homenagem

Dom Paulo Evaristo Arns: 95 anos do cardeal são celebrados em São Paulo

Atuação do "cardeal do povo" na defesa dos direitos humanos e contra Ditadura é lembrada por intelectuais e movimentos

25.out.2016 às 09h21
São Paulo
Redação
A ação política de Arns contra a repressão ganhou destaque em 1969, quando passou a defender seminaristas dominicanos presos por ajudarem militantes da luta armada, especialmente da Ação Libertadora Nacional (ALN).

A ação política de Arns contra a repressão ganhou destaque em 1969, quando passou a defender seminaristas dominicanos presos por ajudarem militantes da luta armada, especialmente da Ação Libertadora Nacional (ALN). - A ação política de Arns contra a repressão ganhou destaque em 1969, quando passou a defender seminaristas dominicanos presos por ajudarem militantes da luta armada, especialmente da Ação Libertadora Nacional (ALN).

O cardeal dom Paulo Evaristo Arns foi homenageado na noite da última segunda-feira (24) no teatro da Pontifícia Universidade Católica (Tuca), na cidade de São Paulo, pelos seus 95 anos de vida, completados no dia 14 de setembro. A celebração foi marcada por relatos sobre a atuação do “cardeal do povo” contra a ditadura militar e na promoção dos direitos humanos, defendendo perseguidos pelo regime militar e seus familiares. O papa Francisco enviou uma mensagem especial para o evento.

Na ocasião, também ocorreu o pré-lançamento de sua biografia, "Dom Paulo: Um homem amado e perseguido", livro escrito por Evanize Sydow e Marilda Ferri.

Diversas personalidades, entre intelectuais, jornalistas, professores, líderes de movimentos populares, juristas e religiosos, fizeram discursos em homenagem ao cardeal. Entre os participantes estavam Ana Dias, viúva de Santo Dias, os juristas Dalmo Dallari, Fábio Konder Comparato, e Luiz Eduardo Greenhalgh e José Gregori, o jornalista Juca Kfouri e o integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile.

Arns recebeu camisetas e bandeiras das organizações presentes na celebração, como o Levante Popular da Juventude, a Democracia Corintiana, e posou para os fotógrafos, vestindo um boné do MST.

“O rosto de Dom Paulo é da periferia de São Paulo. Ele é ecumênico, coração aberto, anunciando a urgência de resistirmos contra toda mentira, contra toda impostura. Naquele tempo, contra a ditadura civil-militar. E essa resistência, a que ele nos convida, é permanente no Brasil atual”, afirmou Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo da diocese de Blumenau, conhecido pelo seu trabalho junto à Pastoral Operária.

Democracia

Durante a homenagem, Dom Paulo foi reconhecido como um dos artífices da redemocratização do país, combatendo as violações de direitos humanos contra presos e perseguidos políticos, atuação que se estendeu por toda a América Latina.

A ação política de Arns contra a repressão ganhou destaque em 1969, quando passou a defender seminaristas dominicanos presos por ajudarem militantes da luta armada, especialmente da Ação Libertadora Nacional (ALN).

“Todos nós que fizemos alguma coisa que pôde ser registrada no painel da resistência democrática devemos isso a Dom Paulo, à sua coragem e destemor de profeta e seu ensinamento enraizado nos valores franciscanos de apóstolo”, disse o ex-ministro José Gregori. “O senhor foi o chefe da redemocratização dos direitos humanos nesse país”.

O advogado e ex-deputado federal (PT) Luiz Eduardo Greenhalgh lembrou da atuação de Arns na ocasião do assassinato do líder operário e membro da Pastoral Operária, Santo Dias da Silva, alvejado pela Polícia Militar durante uma mobilização sindical em 1979, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo.

O corpo do sindicalista foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) central, em Pinheiros, em meio a tensões entre a polícia e o movimento operário.

“Quando a gente chegou, o IML estava cercado pela Tropa de Choque. Dom Paulo desceu e ele foi só mexendo a mão com o anel [de bispo] e os policiais foram afastando e a gente ia passando. Nós entramos, e Dom Paulo olhou as marcas de tiros no corpo do Santo e apontou com o dedo olhando para os policiais: olha que o vocês fizeram. E todos os da repressão abaixaram as cabeças envergonhados”, narrou Greenhalgh.

Guia

João Pedro Stedile, afirmou que Arns impulsionou o surgimento dos movimentos populares rurais que surgiram no país nas últimas décadas. “A maioria dos movimentos do campo que hoje existem – MST, MAB [Movimento dos Atingidos por Barragens], Movimento dos Pequenos Agricultores, Comissão Pastoral da Terra, Cimi [Conselho Indigenista Missionário] -, nascemos orientados por vossa sabedoria, que pregava: Deus só ajuda quem se organiza. Então fomos nos organizar. Queremos agradecer de coração por tudo, sobretudo porque o senhor ajudou a acabar com a ditadura militar no Brasil”, disse.

Após os discursos em sua homenagem, Arns se dirigiu brevemente ao público presente. Afirmou que recomendou ao papa Paulo VI a canonização de Santo Dias, ao que aquele teria respondido que ele já era tido como santo.

Em harmonia com seu espírito humilde, finalizou sua fala repetindo diversas vezes: “Obrigado”.

Edição: José Eduardo Bernardes

Editado por: Redação
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