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Editorial

O projeto da direita não pertence aos trabalhadores

Candidatos com o perfil de Donald Trump surgem a partir da crise econômica mundial

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 Figuras como Trump e, no Brasil, Jair Bolsonaro (PSC) e outros tantos, se omitem sobre a violência contra as mulheres, negros e contra a diversidade sexual
Figuras como Trump e, no Brasil, Jair Bolsonaro (PSC) e outros tantos, se omitem sobre a violência contra as mulheres, negros e contra a diversidade sexual - Latuff

A vitória do bilionário Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos gerou reações contrárias no país e no mundo. Ele já anunciou medidas contrárias aos direitos humanos, como a deportação de imigrantes estrangeiros.

Esta é a ameaça do que se chama de onda conservadora dos candidatos de direita no mundo. Ser de direita, em resumo, é não priorizar os direitos dos trabalhadores, não valorizar os serviços públicos e reduzir o papel do Estado como promotor de políticas sociais. Além disso, figuras como Trump e, no Brasil, Jair Bolsonaro (PSC) e outros tantos, se omitem sobre a violência contra as mulheres, negros e contra a diversidade sexual.

Candidatos com esse perfil e propostas bizarras surgem a partir da crise econômica mundial, que gera incertezas para os trabalhadores e classe média. É certo que há uma revolta legítima do povo contra o sistema político, contra políticas que retiram direitos e pioram as condições de vida de todos. Mas a opção não está na direita, com a sua intolerância. E sim que os trabalhadores organizem-se pelos seus direitos, com independência, ocupando espaços nas ruas e na política. Construindo seu próprio projeto.

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