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Arte

Negro é lindo: a música como resistência

Especialistas afirmam que composições que exaltam a cultura negra possuem grande influência na identidade

01.fev.2020 às 18h37
Belo Horizonte
Raíssa Lopes
"Eu me via naquilo, eu via a luta que seria a minha vida, a luta dos meus pais”

"Eu me via naquilo, eu via a luta que seria a minha vida, a luta dos meus pais” - "Eu me via naquilo, eu via a luta que seria a minha vida, a luta dos meus pais”

"Negro é lindo / negro é amor / negro é amigo”, cantou Jorge Ben na composição lançada em 1971. A música, que narra a exaltação da cultura negra, faz parte de um conjunto de obras do artista que o levaram ao patamar de referência para o movimento negro do Brasil.

Mas, com uma canção também se faz luta? Para a psicóloga Andréa Marques, especialista em gênero e diversidade, sim. A pesquisadora, que também é negra, explica que o nosso país viveu um processo intenso de perda da ancestralidade e que, para resgatá-la, arte é fundamental. “A música é uma maneira de contar história, seja quando ela fala do cabelo e dos hábitos, seja quando fala do enfrentamento ao racismo. Ela cumpre um papel essencial para a reconstrução da identidade”, afirma.

A opinião é compartilhada pelo cantor mineiro Sérgio Pererê, que acredita que muitos vazios existenciais podem ser preenchidos através do conhecimento dos antepassados. 

A música, de acordo com ele, tem o poder de conexão com a origem de cada ser e a capacidade de dar sentido a algumas questões. “Por isso a coisa ganha um poder psicológico, espiritual. ‘Empoderamento’ não é a palavra correta, porque não se trata de dar poder, mas de reconhecer um poder que já existe e que aparece quando a gente entra em contato com nossas raízes”, declara o artista, que tem como uma das principais influências a “Minas negra” de Milton Nascimento. 

A professora Ana Lucia Lapolli, em trabalho para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), abordou a importância das composições que falam da negritude de forma positiva e orgulhosa. O projeto revelou que, até metade do século XIX, a população preta era alvo de estereótipos preconceituosos, que depreciavam e tiravam de cada sujeito sua individualidade.

“E Ben Jor repete muitas vezes ‘negro é lindo’, querendo incutir essa consciência através da repetição. […] Em ‘Zumbi’ [música que se refere a Zumbi dos Palmares], a inclusão de instrumentos musicais de origem africana funciona como símbolo da convocação à união e à luta”, exemplifica trecho da pesquisa.

Música que fortalece

O jovem Robson Sales, de 23 anos, teve na música negra apoio para lidar com situações difíceis. Ele conta que para se formar na faculdade, que concluiu com o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), as músicas “Se tu lutas, tu conquistas”, do SNJ, “Negro Drama” e “A vida é um desafio”, dos Racionais MC’s, serviram de grande incentivo.

“Foram essas letras e o rap que me ajudaram a me reconhecer como homem negro. Eu me via naquilo, eu via o que seria a minha vida, a luta dos meus pais, e sempre que estou com alguma dificuldade, busco ajuda nessas composições”, comenta.  

Já Caio Jardim-Sousa, estudante, encontrou reconhecimento nas manifestações de rua, como o Quarteirão de Soul. “Passei um dia inteiro dançando, cantando, e tive alegria nos olhos de ver toda aquela galera preta feliz na Praça 7. Foi de engrandecer o espírito”.

Zumbi, senhor das demandas

Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco (atualmente Alagoas). É um dos maiores símbolos da força contra a escravidão e em sua homenagem foi decretado o Dia da Consciência Negra, lembrado em 20 de novembro. 

Ainda bebê, Francisco, como tinha sido batizado, foi escravizado e dado de "presente" a um padre. Aos 15 anos, fugiu para Palmares e adotou o nome Zumbi, que significa “guerreiro”. Logo começou a comandar militarmente o quilombo, passando a chefiar a resistência contra os portugueses, período que durou 14 anos. Segundo dados históricos, em 1678 o quilombo de Palmares já contava com uma população de mais de 20 mil pessoas e onze povoados. 

Para destruir o local, a Coroa Portuguesa organizou 16 expedições oficiais – 14 delas fracassaram devido às estratégias de combate dos quilombolas, que não possuíam qualquer arma de fogo. Em 1694, a comunidade foi atacada e resistiu durante 22 dias.

Depois de lutar bravamente, Zumbi fugiu e se escondeu, sendo capturado e assassinado em 20 de novembro de 1695, após traição de seus companheiros. Como forma de dar exemplo e evitar o fortalecimento dos negros escravizados, a corte mutilou o corpo do líder e expôs sua cabeça em praça pública.

Editado por: Joana Tavares
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