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Entrevista

Franco Pittau: “Devemos aprender a ser acolhedores”

Estatístico diz que o problema da migração é que países da Europa não conseguem pensar juntos como encarar o fenômeno

25.nov.2016 às 19h27
Página 12 Argentina
Elena Llorente
Refugiados sírios tentando entrar na Europa, em outubro de 2015

Refugiados sírios tentando entrar na Europa, em outubro de 2015 - Refugiados sírios tentando entrar na Europa, em outubro de 2015

Em 2015, 24 pessoas por minuto, em todo o mundo, foram forçadas a deixar suas casas para escapar da pobreza, de perseguição ou da morte, segundo estimativas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e outras organizações humanitárias.

Isso significa que milhões de seres humanos buscaram refúgio em outros países, muitos deles na Europa, uma das regiões mais estáveis e próximas do conflito no Oriente Médio e de países da África que enfrentam graves dificuldades econômicas. Segundo o Dossiê Estatístico Imigração 2016, do Centro de Estudos e Pesquisas sobre a Imigração, apresentado recentemente, cerca de 244 milhões de pessoas se deslocaram voluntariamente em busca de melhores condições de vida, e outras 65,3 milhões requereram asilo por conta de guerras ou perseguições.

Segundo especialistas, este processo não ser interrompido facilmente. “É muito ruim que nós, italianos, não levemos a sério o problema da migração. Não vamos nos esquecer que somos um país de imigrantes”, disse Franco Pittau, especialista em estatística e questões migratórias e um dos coordenadores do Dossiê Imigração 2016, ao portal Página 12.

“Eu sempre menciono o caso da Argentina. No início de 1900, por volta de 1908, os italianos eram 36% da população da Argentina, enquanto os argentinos foram considerados 32%. Esta é uma grande demonstração de como a Argentina havia amadurecido uma cultura de boa recepção, de aceitação. A Argentina é um pais que teve ao menos dez presidentes de origem italiana e criou uma ideologia positiva sobre a imigração. E isso é muito bonito e importante”, acrescentou. 

A Itália, que tem 30 milhões de seus compatriotas espalhados pelo mundo, começou a receber imigrantes só nos anos 70. Mas os imigrantes aumentaram, impulsionados pelos diversos conflitos armados espalhados pelo mundo e pela pobreza. Em 1990, os imigrantes na Itália eram 500 mil; em 2000, chegaram a 1,2 milhões; hoje, eles são cerca de 5 milhões, e os números vão aumentar conforme o planejado.

Em 2015, mais de um milhão de pessoas chegaram à Itália, de acordo ISMU (Instituto Iniciativas e Estudos sobre Multietnicidade). Até o final de 2016, a expectativa é que o total de imigrantes será ligeiramente inferior ao do ano anterior, já que muitos dos migrantes não ficam na Itália definitivamente, mas usam o país para tentar chegar a outros países europeus.

Confira a entrevista com Franco Pittau:

Página 12 – A pergunta que muitos se fazem é o que o mundo desenvolvido pode fazer (a Europa em particular) para ajudar essas pessoas, quando alguns países europeus, como a Hungria ou a Holanda, não querem saber de imigrantes?

Franco Pittau – Em primeiro lugar, a União Europeia poderia dar mais dinheiro aos países receptores, como Grécia e Itália, para ajudá-los. Mas precisamos também amadurecer alguns projetos…

Muitas coisas mudaram no mundo, um pouco por culpa nossa. Por exemplo, a intervenção de países ocidentais no Oriente Médio, na Líbia. Resolver esses conflitos poderia ajudar a parar o fluxo de pessoas que fogem de guerras. O caso da África é diferente: o fluxo de migrantes não vai parar.

A base das ações são as ideias, e o problema é que os países da Europa não pensam juntos ideias para abordar este fenômeno.

O que poderia ser feito concretamente? 

Muitas coisas, como encorajar acordos de cooperação entre os países europeus e africanos dos quais vêm os migrantes, organizar centros para a recepção das pessoas em busca de asilo político nos países de origem ou nos países vizinhos (o que custaria muito menos para Europa), trabalhar mais com a África.

Certamente, há governos corruptos na África, mas também há pessoas de boa vontade. A Europa também deve estabelecer cotas claras para os migrantes econômicos, para cada país, os que podem entrar legalmente. Depois de alguns anos aplicando estas coisas, poderiam ver alguns resultados positivos.

Não seria essencial para terminar todas as guerras?

Sim, mas as guerras não vão parar facilmente. Acima de tudo, temos de trabalhar duro na formação cultural do povo. Se nos países desenvolvidos tivessem pessoas mais abertas, dispostas à cooperar, entender e respeitar os direitos humanos, muitas coisas não aconteceriam, porque as pessoas não escolheriam como seus líderes políticos que fazem o oposto disso.

A experiência de migração de Argentina pode adicionar algo a este sentido? 

A Argentina é um país que nos recebeu bem e em grandes quantidades. É o primeiro país em quantidade de imigrantes italianos. Além disso, deu-nos o presente do papa Francisco, um filho de imigrantes italianos, uma pessoa que fala com grande simplicidade, de modo que todos possam entender, prega esses valores que falamos. Ele está tocando muito no coração das pessoas, diz muitas coisas que outros homens poderosos não dizem. Ele não faz milagres, mas sem um personagem gritando para essas pessoas, seria tudo muito pior.

Da Argentina, devemos aprender a cultura de recepção, aprender a ser acolhedor. Obviamente, eles têm isso em seu DNA. Nós nunca fomos tão generosos, receptivos. Em suma, acho que nós devemos pensar em países que representam boas práticas na recepção de migrantes. Seria algo que nos faria muito bem.

Tradução: Pilar Troya

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Editado por: Redação
Tags: argentinaentrevistaitáliarefugiados
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