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Ocupação

Alimentos vencidos estragam em depósito da escola Brigadeiro Fontenelle, em Belém

Alunos que ocupam o prédio desde o último dia 16, recebem mingau como merenda e descobriram frutas e macarrão estragados

01.dez.2016 às 18h37
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h37
Belém (PA)
Lilian Campelo
Frutas que nunca foram servidas aos alunos apodrecem em depósito da escola

Frutas que nunca foram servidas aos alunos apodrecem em depósito da escola - Frutas que nunca foram servidas aos alunos apodrecem em depósito da escola

No último domingo, 26, os alunos secundaristas da escola estadual de ensino fundamental e médio Brigadeiro Fontenelle, localizado no bairro da Terra Firme em Belém, considerado um dos mais populosos da cidade, descobriram frutas como mamão e banana apodrecendo em caixotes, além de fardos de outros alimentos como macarrão já vencidos. 

Josy Alves estuda no colégio desde os 11 anos e tenta buscar na memória outro tipo de merenda que tenha sido servida aos alunos, além do tradicional mingau e sopa, mas não se recorda. Desde o dia 16, os alunos ocupam as dependências do prédio em protesto contra o abandono da escola e a medida PEC 55, proposta do governo não eleito de Michel Temer que pretende limitar investimentos na saúde e educação por 20 anos – aprovado ontem no Senado em primeiro turno. A estudante lembra que o mingau e a sopa eram os alimentos servidos antes da ocupação e se revolta com o desperdício ao se deparar com as frutas já estragadas. 

“Antes da gente ocupar, há semanas a gente estava tomando só mingau. O depósito é um lugar onde a gente não tem acesso e quando tu abres e tu vê coisas [alimentos] se estragando e que não deram pra ti, fica um sentimento de revolta e aquela vontade de questionar: Por que eles fazem isso com a gente? Se tem, por que não utilizam? O macarrão já faz um bom tempo que ele saiu da validade. É muito macarrão pra estragar, dói muito”, desabafa Josy Alves.

Abandono

Os alunos ocuparam o colégio para reivindicar melhorias na estrutura do prédio. O professor de matemática Renato Medeiros trabalha no Brigadeiro Fontenelle há 15 anos e conta que o prédio tem problemas de infiltração, os banheiros não possuem condições de uso e afirma que diante dessa realidade, a ocupação pelos alunos e alunas seria algo inevitável. 

“A escola está completamente abandonada. As salas estão em uma situação deplorável. Têm pombos e as fezes fazem um mal danado pra saúde da gente, tem muito mato, muita goteira, muito lixo, rato, a gente não tem iluminação e ventilação”.

Medeiros informa que a escola foi reformada em 2001, ano em que começou a lecionar no colégio e que possui 24 salas com cerca de 2.500 alunos, que frequentam a escola nos três turnos.

O Brasil de Fato esteve na escola Brigadeiro Fontenelle e encontrou o bebedouro sem condições de uso devido à ferrugem, cadeiras empilhadas estavam jogadas em um vão dentro do terreno da escola. No domingo os alunos juntamente com outros movimentos sociais, que estão apoiando a ocupação, fizeram um mutirão para capinar o terreno. 

Além dos problemas dos alimentos estragados e vencidos e as condições físicas do prédio, os alunos também relataram que não podem entrar na biblioteca e mostraram DVDs de conteúdo educativo, ainda com lacre de plástico, e pilhas de livros novos destinados à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ensino médio.

Ocupação

A estudante Josy Alves integra o grêmio estudantil Asas do Urubu, da escola Brigadeiro Fontenelle, além de participar de outros movimentos como a Pastoral da Juventude e da ONG Grupo de Ouro Nacional (GON), que dá apoio a pessoas com câncer no bairro. 

Ela conta que para fazer a ocupação, os estudantes visitaram outras escolas que estavam ocupadas, estudaram e discutiram sobre os motivos que levariam ao ato e durante assembleia, os secundaristas votaram a favor da ocupação para reivindicar a reforma da escola e acordaram com a direção que somente os alunos do ensino médio participariam. Josy lembra, no entanto, que os discentes do ensino fundamental ficaram tocados pela manifestação e aderiram à ocupação que, segundo ela, carrega uma causa legítima.

“Eu, assim como meus amigos, pretendemos ter filhos e se a gente precisar da escola pública, como é que vai ser? Então a gente está aqui por causa disso. Ocupar não é fácil. Então quando a gente é tachado de vagabundo gera uma revolta, mas ao mesmo tempo uma calma porque a gente sabe que não é isso, a gente está aqui lutando por uma causa justa e a nossa escola, sendo a segunda maior do estado, a gente tem mesmo que ocupar, e não se importar com a opinião dos outros”, conclui.

O professor Medeiros destaca que a ocupação é motivo de orgulho. Ele também nasceu no bairro da Terra Firme, conhece a realidade de cada estudante e acredita que há um sentimento que norteia os professores que estão apoiando a ocupação.

“A luta que a gente tem visto desses meninos e meninas, as discussões, os debates, as caminhadas e as posições, isso é gratificante de ver que o nosso trabalho tem surtido efeito, que a gente não é simplesmente aquele professor tradicional que vai na sala, dá o seu conteúdo, fica ali mesmo e vai embora. A gente procura mostrar a realidade da escola, da cidade, do mundo, tenta levar discussões pra sala de aula, pra fazer que esses meninos e meninas se tornem cidadãos de bem. Então o sentimento que a maioria dos professores têm quanto a gente vê eles ali lutando é de muito orgulho”. 

O Brasil de Fato entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para questionar o órgão sobre as denúncias levantadas pelos estudantes, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno. 

Edição: José Eduardo Bernardes

Editado por: Redação
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