Saúde

Alimento é Saúde | Entenda por que é necessário evitar alimentos ultraprocessados

Organismos nacionais e internacionais de saúde não recomendam o consumo destes produtos

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Segundo a OMS, em 2013 na América Latina, brasileiros e peruanos foram os maiores consumidores de comida rápida, com uma cifra 10 vezes superior de compras que a Bolívia.
Segundo a OMS, em 2013 na América Latina, brasileiros e peruanos foram os maiores consumidores de comida rápida, com uma cifra 10 vezes superior de compras que a Bolívia. - Reprodução

Em setembro de 2015 a Organização Mundial da Saúde publicou o relatório Alimentos e bebidas ultraprocessados na América Latina: tendências, impacto sobre a obesidade e implicações para as políticas públicas.

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Confira o programa Alimento é Saúde, da Radioagência Brasil de Fato (para baixar o arquivo, clique na seta à esquerda do botão compartilhar):

Segundo a publicação, de 2000 a 2013, a venda per capita desses produtos, como biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes ou macarrão instantâneo, aumentou na América Latina e há uma associação direta com o aumento do peso corporal da população. Fabricados por grandes indústrias, estes produtos possuem níveis excessivos de ingredientes pouco saudáveis, como sal, açúcar e gorduras, além de conservantes e sabores e cores artificiais.

O Ministério da Saúde do Brasil recomenda evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. Em geral, segundo o Ministério, eles “são muito pobres em fibras, vitaminas, minerais e outras substâncias com atividade biológica em função da ausência ou da presença limitada em sua formulação de alimentos in natura, ou minimamente processados, que naturalmente apresentam esses nutrientes”.

Neste ano, no Dia Mundial da Saúde, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde Carissa Etienne recomendou políticas de desincentivo ao consumo de alimentos ultraprocessados para combater a diabetes:

“Os governos têm um papel fundamental: tornar, através de políticas públicas, a opção saudável na opção mais fácil. Bons exemplos disto são: proibições de propaganda de ultra-processados para crianças; etiquetas nas embalagens para identificar facilmente alimentos não saudáveis; mais legumes e frutas na merenda escolar; maiores impostos para bebidas açucaradas, e garantir espaços para incentivar atividades físicas”

Além de diabetes, o consumo de ultra-processados favorece doenças do coração e vários tipos de câncer, e ainda contribui para aumentar o risco de deficiências nutricionais.

Outro problema apontado pelo Ministério é que “eles tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos naturais ou minimamente processados como frutas, verduras e água.

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Alimento é Saúde é uma produção da Radioagência Brasil de Fato e Saúde Popular
Locução: Mayara Paixão
Produção: Mauro Ramos
Sonoplastia: Jorge Mayer

Edição: ---