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Início Direitos Direitos Humanos

Memória

Movimentos populares e pastorais se despedem de Dom Paulo Evaristo Arns

Cardeal emérito, que faleceu aos 95 anos, foi sepultado na cripta da Catedral da Sé em São Paulo nesta sexta-feira

16.dez.2016 às 17h18
São Paulo (SP)
Rute Pina
Arns foi homenageado na catedral da Sé

Arns foi homenageado na catedral da Sé - Arns foi homenageado na catedral da Sé

Representantes de movimentos populares, pastorais e entidades de direitos humanos lotaram a Catedral Metropolitana de São Paulo, no centro de São Paulo (SP), para se despedir do cardeal e arcebispo emérito Dom Paulo Evaristo Arns nesta sexta-feira (16).

Arns faleceu nesta quarta-feira (14) por complicações renais. Ele estava internado no Hospital Santa Catarina desde o dia 28 de novembro por causa de uma broncopneumonia. A última solenidade do velório, que durou dois dias, foi conduzida pelo cardeal de São Paulo Dom Odilo Scherer.

O corpo do religioso foi sepultado na cripta da catedral. Ele é o 18º sepultado na cripta, que tem 30 câmaras mortuárias. As jazidas do cemitério são destinadas a membros do alto clero paulistano.

O caixão do cardeal foi lacrado às 14h30, quando foi encerrada a visitação pública ao corpo. O público acompanhou o sepultamento por telões instalados na Praça da Sé.

Cerimônia

Além de familiares do cardeal, estiveram presentes autoridades como o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o prefeito eleito, João Dória (PSDB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. O vereador eleito Eduardo Suplicy (PT) e deputados federais, como Luiza Erundina e Ivan Valente (ambos do PSOL), também compareceram.

Os arcebispos Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES) e líderes religiosos de outras denominações acompanharam o funeral. Entidades como o Grupo Tortura Nunca Mais e Federação Nacional dos Jornalistas enviaram coroas de flores para o púlpito da catedral, onde a bandeira do Corinthians foi hasteada. Arns era corintiano fanático e escreveu um livro sobre a relação com o alvinegro chamado "Corintiano Graças a Deus!".

Dom Sérgio da Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Brasília, lembrou que Arns pregava uma Igreja que não fosse centrada em si mesma, mas se relacionasse com as periferias e os pobres. Ele recordou que cardeal foi quem impulsionou a criação das comunidades eclesiais de base.

O deputado federal Nilto Tatto (PT) afirmou que essas comunidades foram fundamentais para engajar a população na vida política e estão diretamente relacionadas ao surgimentos de movimentos populares e sindicatos, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e de partidos políticos, como o PT.

"Nessa conjuntura de retrocessos, ele está cada vez mais vivo por causa de sua pregação da esperança. Ele mostrava que temos que fazer a resistência do ponto de vista dos direitos sociais, ambientais e coletivos e contra a repressão", declarou.

Caminhada

Antes da cerimônia, movimentos populares fizeram uma caminhada do Largo São Francisco à Praça da Sé para lembrar de Arns como o cardeal do povo, da esperança e dos trabalhadores.

Membros de pastorais arquidiocesanas pontuaram que o cardeal foi fundamental, também, para a criação das entidades. Jair Magalhães de Andrade, agente da Pastoral do Povo de Rua, disse que a data de despedida "era muito triste", mas também era um momento de homenagem.

"Vamos viver uma segunda etapa [para] que não nos preparamos ainda: viver sem Dom Paulo. Vamos ter que arrancar força de toda a história, tudo aquilo que ele nos ensinou, escreveu e testemunhou", disse.

José Lucas dos Santos, da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo, afirmou que Dom Paulo enalteceu a importância da organização dos trabalhadores. "Ele é um símbolo. Alguém solidário, presente, sempre junto das necessidades das categorias e dessa classe", afirmou.

Para a coordenadora de Referência para Refugiados da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, Maria Cristina Morelli, o cardeal foi o precursor da acolhida de refugiados perseguidos política e religiosamente, tema prioritário da atuação das entidades de direitos humanos hoje.

"Ele que desenvolveu o projeto há mais de 30 anos. Ele é símbolo de resistência, de amor e de acolhida. Todo mundo tem o direito de migrar, e Dom Paulo sempre disse isso", disse a assistente social.

Ditadura Militar

A ação política de Arns contra a repressão da Ditadura Militar (1964-1985) ganhou destaque em 1969, quando passou a defender seminaristas dominicanos presos por ajudarem militantes da luta armada, especialmente da Ação Libertadora Nacional (ALN).

O jornalista Sérgio Gomes recorda que conheceu o cardeal em março de 1973, quando ele articulava a missa de sétimo dia de Alexandre Vanucchi Leme, líder estudantil e militante da ALN assassinado na ditadura militar. Dois anos depois, em 1975, Dom Paulo celebrou o ato ecumênico que marcou a missa de sétimo dia da morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no DOI-CODI com suicídio forjado.

"Ele articulava os dispersos em torno de uma questão central, a questão da liberdade e justiça. E não se enganava que a nossa sociedade tem dois andares, os de cima e os de baixo", disse.

Na época, a igreja católica não realizava funeral para quem tivesse se suicidado. Dom Paulo, no entanto, celebrou a homenagem, e a missa se transformou em um dos primeiros e mais importantes atos contra a ditadura militar.

História

Dom Paulo Evaristo Arns nasceu em 1921 em Forquilhinhas (SC). Quinto de 13 filhos de imigrantes alemães, ele ingressou na Ordem Franciscana em 1939 e foi bispo e arcebispo de São Paulo entre os anos de 1960 e 1970. Ele escreveu 56 livros e recebeu mais de uma centena de títulos nacionais e internacionais.

A última missa que o religioso acompanhou na Catedral da Sé foi no dia 27 de novembro de 2016, véspera de sua hospitalização.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Editado por: Redação
Tags: ditadura militarsão paulo

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