Relembre

Retrospectiva 2016: a violência policial nas periferias

No ano marcado pelos 10 anos dos Crimes de Maio, mortes de jovens negros da periferia permaneceram comuns no noticiário

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Montagem
Montagem - Brasil de Fato

Neste ano, os Crimes de Maio completaram 10 anos. Entre os dias 12 e 20 de maio de 2006, pelo menos 564 pessoas foram mortas no estado de São Paulo, segundo levantamento da Universidade de Harvard, a maioria em situações que indicam a participação de policiais. Por isso, em 2016, militantes e familiares realizaram uma série de atividades e atos para homenagear as vítimas e denunciar a violência estatal.

No entanto, assassinatos de jovens negros das periferias permaneceram constantes nos noticiários. Em junho, foi aprovado o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Assassinato de Jovens. O documento mostram que, no Brasil, a problemática dos homicídios tem faixa etária, cor e gênero direcionados: Dos 56 mil assassinatos registrados por ano, 53% são de jovens com idade entre 12 e 29 anos, dos quais 77% são negros e 93% do sexo masculino.

A investigação tem como base os números do Mapa da Violência, que revelou que, entre 2002 e 2012, a taxa de homicídios da população branca caiu 24,8%, enquanto a da população negra ascendeu 38,7%, significando que os negros morreram 72% mais que os brancos.

Relembre, nesta retrospectiva do Brasil de Fato, alguns dos casos mais emblemáticos de vítimas das ações policiais em 2016.

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