Massacre

Rebelião em presídio em Manaus deixa ao menos 50 mortos

Estimativa da Secretaria de Segurança Pública é preliminar e número pode ser maior

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, local onde ocorreram as mortes
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, local onde ocorreram as mortes - Seap/DIvulgação

Uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado em Manaus, capital do Amazonas resultou na morte de ao menos 50 detentos. As informações, em caráter preliminar, são da Secretária de Segurança Pública (SSP) do estado. Após 17h , o governo considera a rebelião finalizada nesta segunda-feira (2). O número final de vítimas pode ser maior.

A rebelião foi iniciada no domingo (1º). Além dos mortos, agentes penitenciários foram feitos de reféns, sendo liberados após negociações na manhã desta segunda por volta das 7h. Em seguida, integrantes da Tropa de Choque da Polícia Militar ingressaram no complexo.

“Nós acreditamos pela contagem inicial, que seja em torno de 50 a 60 corpos no máximo, 50 homens assassinados nessa rebelião. Os corpos estão sendo encaminhados para o IML e lá vamos fazer a identificação”, afirmou Sérgio Pontes, secretário de Segurança Pública.

As mortes, ainda de acordo com informações preliminares da pasta, foram causadas por outros detentos. Após o início da rebelião, corpos decapitados foram jogados para fora do Complexo.

O secretário afirmou também que o conflito é fruto de uma disputa entre duas facções, a Família do Norte e o Primeiro Comando da Capital: “Foi só um lado que teve mortes. A FDN massacrou os supostos integrantes do PCC e mais um ou outro presidiário”.

Caso o número de mortes se confirme, será o segundo maior massacre cometido na história do sistema prisional brasileiro, ficando somente atrás do Massacre do Carandiru, no qual 111 presos, de acordo com os números oficiais, foram assassinados por policiais militares em São Paulo.

Edição: Juliana Gonçalves

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