Trabalho

Nossos Direitos | Receber hora extra é direito do trabalhador

Trabalhador deve reivindicar acesso ao controle do banco de horas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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De acordo com a lei, não se pode ultrapassar o limite máximo de dez horas diárias
De acordo com a lei, não se pode ultrapassar o limite máximo de dez horas diárias - Pixabay

A jornada máxima de trabalho é de oito horas por dia e 44 por semana, e, quando se trabalha mais, o patrão deve pagar de adicional de horas extras (no mínimo 50% a mais em relação ao valor da hora normal).

No entanto, na época do governo FHC, do PSDB, houve uma mudança na legislação que prejudicou os trabalhadores.

O empregador passou a ter a alternativa de, em vez de pagar as horas extras, compensá-las com folgas por meio banco de horas. Esse acordo é definido em negociação coletiva.

De acordo com a lei, não se pode ultrapassar o limite máximo de dez horas diárias, e essas horas extras devem ser compensadas em folgas no período máximo de um ano.

Se a jornada semanal for maior do que o limite de 44 horas, garantido na Constituição, considera-se toda hora adicional à oitava diária como hora extra, e ela deve ser obrigatoriamente paga.

As empresas têm aproveitado essa mudança de modo não planejado, estendendo indevidamente a jornada sem dar acesso ao “crédito de horas”. Nesse caso, o trabalhador deve reivindicar acesso ao controle do banco de horas. Se o empregador não pagar, ou as contas não corresponderem à realidade, você pode acionar o sindicato, o Ministério Público do Trabalho ou procurar um advogado.

Na hipótese de rescisão do contrato, sem a compensação integral da jornada extra, o trabalhador deve receber pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

Quem respondeu às questões para essa coluna foi o servidor público federal Thiago Gonçalves.

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Nossos Direitos

Locução: José Bruno Lima

Produção: Vivian Fernandes

Sonoplastia: Adilson Oliveira


 


 

 

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