Lava Jato

Oposição critica indicação de Moraes ao STF e líder do governo diz que isso é intriga

Alexandre de Moraes será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, no dia 22 de fevereiro

Radioagência Nacional | Brasília (DF) |

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Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) conduz sessão no Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária
Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) conduz sessão no Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária - Marcos Oliveira | Agência Brasil

A indicação do ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Moraes, para o Supremo Tribunal Federal (STF) repercutiu no Senado, nessa terça-feira (7).

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Os parlamentares usaram a tribuna para comentar a indicação do presidente Michel Temer para o lugar do ministro Teori Zavaski, morto na queda de avião no último dia 19 de janeiro.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, criticou a escolha.

"Essa é uma escolha político-partidária. Desde 2015, ele [Moraes] é filiado ao PSDB. Mais grave ainda é o fato de que no STF ele vai ajudar a decidir o futuro dos acusados pela Operação Lava Jato. Muitos desses terão sido seus colegas de governo".

O líder do Governo na Casa, Aloysio Nunes (PSDB-SP), rebateu dizendo que as críticas são intriga da oposição e defendeu a capacidade do ministro da Justiça licenciado para assumir uma vaga no Supremo.

"O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se formou na faculdade de direito em São Paulo. Aos 23 anos ingressou no Ministério Público por concurso. Foi promotor público. Depois de um certo tempo de Promotoria, ingressou em uma carreira importante de advogado neste país. E professor de direito constitucional, com livros publicados, com teses festejadas".

O senador Reguffe, sem partido, lamentou a escolha de um ministro da Justiça para o STF.

"Quando o presidente da República escolhe para a Suprema Corte do país o seu ministro da Justiça, um ministro de Estado seu, pode até não ser, mas fica parecendo que ele está querendo colocar na Suprema Corte alguém para lhe defender pessoalmente".

Líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros também defendeu a escolha de Michel Temer.

"O indicado pelo presidente da República reúne, do ponto de vista jurídico e pessoal, as melhores condições para exercer com competência esse cargo importante".

Alexandre de Moraes vai ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Depois seu nome deve ser apreciado pelo Plenário da Casa, que votará se aceita ou não a indicação dele para o Supremo.

Se conseguir maioria, Alexandre de Moraes assumirá como ministro no Supremo Tribunal Federal.

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