Desigualdade

Brasil tem 3º pior índice da América Latina de participação de mulheres na Câmara

Com 9,9% de deputadas, país só está melhor do que Belize, 3,1% de mulheres no Legislativo Federal, e Haiti, com nenhuma

ONU Brasil |
A senadora Vanessa Grazziotin (esq.), ao lados das senadoras petistas Gleisi Hoffmann (centro) e Fátima Bezerra (dir.)
A senadora Vanessa Grazziotin (esq.), ao lados das senadoras petistas Gleisi Hoffmann (centro) e Fátima Bezerra (dir.) - Waldemir Barreto/Agência Senado

O Brasil tem o terceiro pior índice de participação feminina na Câmara dos Deputados de toda a América Latina e Caribe. No país, somente 9,9% das cadeiras do organismo legislativo são ocupadas por mulheres — índice que fica à frente apenas dos registrados em Belize (3,1%) e no Haiti, onde nenhuma mulher é deputada. A proporção brasileira fica bem abaixo da média regional — 28,7%.

Os números são do anuário estatístico de 2016 publicado na última semana pela CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).

Para a comparação entre 34 países da região, a agência da ONU usou apenas os números de parlamentares das câmaras federais de representantes eleitos por estados — ou de câmaras únicas, no caso de países que não possuem divisões no interior do Legislativo federal.

No Brasil, ficou excluído da contagem o Senado. Dos 513 deputados da Câmara, apenas 51 são mulheres. A taxa de participação é bem menor do que a de países como Bolívia (53,1%), Cuba (48,9%), México (42,4%) e Argentina (35,8%). Os dados sobre participação política foram obtidos pela CEPAL em agosto do ano passado.

O anuário estatístico reúne uma série de outras informações sobre demografia, saúde, participação política, crescimento econômico e comércio regional. Acesse o documento na íntegra clicando aqui.

Edição: ONU Brasil