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Memória

Artigo | Arquivo Público do Distrito Federal abre acervo sobre ditadura após 50 anos

São quase 100 caixas de documentos datados entre 1963 até 1990

01.mar.2017 às 08h37
Brasília (DF)
Taylan Santana Santos ()
A consulta aos arquivos é feita na sede do Arquivo Público do DF

A consulta aos arquivos é feita na sede do Arquivo Público do DF - A consulta aos arquivos é feita na sede do Arquivo Público do DF

O Arquivo Público do Distrito Federal abriu, no início de fevereiro, um acervo sobre a ditadura no Brasil mantido sob sigilo há mais de 50 anos. Segundo a fonte, são quase 100 caixas de documentos datados entre 1963 até 1990, cobrindo o período do regime militar e parte da redemocratização brasileira, com informações sobre investigações de movimentos políticos, reuniões, congressos estudantis e boletins de ocorrências de prisões políticas.

“A iniciativa do Arquivo Público foi norteada por ação do Arquivo Nacional e de vários arquivos estaduais que trabalharam numa política de reconstituição da memória nacional do período da ditadura militar. Assim, em novembro de 2016, o órgão publicou edital que reconhecia o conjunto documental da Secretaria de Segurança Pública como necessário à recuperação de fatos históricos de maior relevância”.

A referida notícia além de ser celebrada entre historiadores, cientistas políticos e demais pesquisadores da história política recente do Brasil, possui um valor histórico à nossa contemporaneidade e, portanto, não poderia ser esquecida.

A ditadura civil-militar vigente no Brasil durante 21 anos (1964-1985) foi caracterizada pela instituição de um Estado de exceção marcado pelo cerceamento das liberdades democráticas, a autocracia e a repressão institucionalizada. Com o fim desse regime, em 1985, não conseguimos obter uma abertura imediata dos porões da ditadura juntamente com a divulgação da documentação pertinente a tal período. Ao contrário: a saída dos militares do poder presidencial resultou em um ardiloso jogo político de distorção e manipulação do conhecimento histórico acerca do regime, através do monopólio de informações e sigilo confidencial dos documentos públicos que deveriam ser publicizados.

Por conseguinte, o contexto do Brasil após ditadura manteve esse modus operandi dos militares: ocultar as fontes documentais e fraudar a verdade histórica, a fim de negar à sociedade brasileira o direito de conhecimento da sua própria história e a construção de uma verdadeira justiça de reparação para os crimes de Estado cometidos pelo regime.

Nesse sentido, as pesquisas temáticas sobre a ditadura civil-militar têm significativa importância ao se constituirem de um referencial teórico-metodológico para, cientificamente, revelar dados, informações e saberes relacionados ao conhecimento histórico do período ditatorial.

Após três décadas do fim da ditadura, o referido contexto ainda permanece no centro de diversas tensões, disputas e debates entre a história e a memória acerca da compreensão sobre o regime. Nesse conflito, as referidas pesquisas possibilitam a (re)interpretação desse passado através das questões suscitadas no tempo presente e que estão relacionadas ao período de exceção.

Todavia, nosso caminho enquanto pesquisadores de tal temática tem se confrontado com diversos obstáculos, em especial no que se refere à disposição do Estado brasileiro (repleto de resquícios ditatoriais) em dificultar o nosso trabalho mediante o sigilo de documentos históricos, e a não abertura de acervos e arquivos do período, cujas ações fazem parte dessa trama política de ocultação da verdade.

É preciso desarquivar a ditadura. Essa não é uma reivindicação apenas de nós, pesquisadores, nem das vítimas e de seus familiares, mas consiste em um pleito de interesse nacional a respeito de um passado que insiste em não ser revelado. Por quais objetivos? A interesses de quem? Com a palavra, os militares e seus apoiadores…

Aliás, esses dois grupos não só se esquivam de tais questões como também se reservam o direito de forjar a memória sobre os fatos e recusar o nosso acesso aos documentos históricos que deveriam ser coletivos e públicos.

Na contramão desse processo, a lei de acesso à informação (Lei nº 12.527/2011) e a Comissão Nacional da Verdade representam conquistas históricas nessa disputa em torno da história recente do nosso país. Em que pese os limites e as lacunas dessas experiências, a abertura do acervo documental do período militar por parte do Arquivo Público do Distrito Federal, é resultado dessas conquistas.

Este é mais um dos poucos passos que demos, mas que é preciso avançarmos ainda mais no processo de desarquivar o regime civil-militar, através da abertura dos arquivos dos porões da ditadura, cujo conhecimento histórico deve respaldar a luta pela memória, justiça e por uma verdadeira redemocratização em nosso país.  

* Taylan Santana Santos é historiador graduado pela UEFS, mestrando em história pela UNEB, pesquisador da história da ditadura civil-militar no Brasil.

Editado por: Camila Rodrigues da Silva
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